A entrevista de Márcio Pochmann que você não pode perder

Não é que eu queira promover meu programa, é que essa entrevista do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, foi qualquer coisa de ótimo, vocês vão gostar muito de assistir. Pochmann informa, explica, contextualiza e faz revelações fundamentais. Pincei o trecho de uma resposta dele:

"Temos massa de recursos que está circulando no sistema financeiro, que, se em algum momento se interrompesse a ciranda do rentismo, teríamos muito recurso para aplicar. Temos 8 trilhões de reais depositados no Sistema Financeiro Brasileiro. Esse recurso está basicamente sustentado por taxa de juros. Então, o Brasil tem dinheiro, não precisa de dinheiro externo. 

Por outro lado, somos um país em construção, em que falta de tudo, falta na infraestrutura, falta investimento em várias áreas, teria onde se investir. Tem dinheiro, tem tecnologia, tem uma engenharia muito importante, tem lugar pra investir e temos mão de obra, inclusive mão de obra qualificada. 

Os fundamentos econômicos estão dados. Por que isso nao se transforma em operação econômica com rentabilidade, com lucratividade? Porque tem um problema, a taxa de juros muito alta. Ela é o inibidor, quem vai tirar seu dinheiro rendendo no banco para investir, se vai ganhar no mercado financeiro?" 

Agora, falo eu: Essa é a pedra no sapato do Brasil: os juros altos são o principal entrave ao nosso projeto de desenvolvimento, à reindustrialização do Brasil, a tornar o país um canteiro de obras sanando as nossas necessidades estruturais, promovendo a empregabilidade, tirando os desempregados das ruas, gerando bem estar, comida no prato, criança na escola.

E o culpado tem nome, sobrenome, endereço e telefone: Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, 'enfant gaté' e preposto-lá-posto por seu BFF Paulo Guedes, xodó master plus do mercado financeiro, multiplicando bilhões nos bolsos de poucos e expandindo os bolsões da miséria. 

Os "homens-de-bem" são de fato homens muito maus, implacáveis, com cifrões desenhados nos olhos e uma bola de ferro no coração. Lhes ficaria bem melhor, mais de acordo, uma luzente tornozeleira nas pernas. "Conversas com Hildegard Angel", TV 247, no ar no YouTube. Assista: