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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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A guerra chegou ao Brasil

"Lá, o terror é disparado por tanques e lança-mísseis, aqui, pelas bombas dos postos de gasolina", escreve Alex Solnik

(Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

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O super aumento dos combustíveis caiu como uma bomba nas cabeças dos brasileiros, à semelhança das bombas que estão sendo lançadas contra a população da Ucrânia. 

Lá, o terror é disparado por tanques e lança-mísseis, aqui, pelas bombas dos postos de gasolina. 

Já se vão longe os dias em que Paulo Guedes era chamado de “Posto Ipiranga”. Aquele que resolvia tudo.

Acho desnecessário repetir o rol das gravíssimas consequências que se apresentam à nossa frente. 

O tamanho do desastre será equivalente ao tempo que a guerra durar. O preço do barril de 159 litros, que está em US$115, tende a subir à medida em que a escassez aumentar, com o boicote aos russos e a falta de disposição de aumentar a produção revelada pelos grandes produtores, como Arábia Saudita.

Especialistas russos fazem previsões assustadoras, barril a US$300 até o final do ano.    

Somente países que estatizaram o setor petrolífero conseguem segurar preços abaixo da cotação internacional, porque não têm sócios. 

Não é o caso da Petrobrás, que não é nem totalmente estatal, nem totalmente privada. Precisa atender às necessidades da população, e às expectativas dos acionistas, o maior dos quais, com 51%, é a própria União.

Para variar, nem o governo nem a direção da Petrobras elaboraram um plano de emergência para enfrentar a crise previsível logo que a possibilidade de guerra eclodiu. 

Agora a situação é de trocar o pneu enquanto o carro anda. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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