A legalização da maconha e a experiência americana que deu certo
O saldo está à disposição de quem quiser entender. Redução a quase zero no número de mortes relacionadas ao tráfico; realocamento de policiais destacados para o combate ao tráfico em outras atividades; diminuição da violência, e impressionantes mais de 200 milhões de dólares em impostos, apenas no ano de 2016
Completaram-neste 6 de novembro cinco anos desde os cidadãos do estado americano do Colorado disseram “sim” ao projeto de iniciativa popular que perguntava sobre a possibilidade de legalizar a maconha para fins recreativos, a chamada Emenda 64.
O saldo está à disposição de quem quiser entender.
Redução a quase zero no número de mortes relacionadas ao tráfico; realocamento de policiais destacados para o combate ao tráfico em outras atividades; diminuição da violência, e impressionantes mais de 200 milhões de dólares em impostos, apenas no ano de 2016, segundo dados do governo (o total negociado pelos comerciantes ultrapassa a marca de 1 bilhão de dólares, dizem os jornais de lá).
O descontrole no uso ou, mesmo, o alardeado perigo para os jovens, discursos que eram o carro-chefe da direita contrária à legalização, evidentemente, não aconteceram. Simplesmente não houve nada parecido com o cenário apocalítico que eles anunciavam. De fato, o que aconteceu foi a construção de novas escolas com o dinheiro arrecadado, e algumas prefeituras aproveitaram o dinheiro extra para aprimorar o sistema de transporte público.
Eu pergunto, então: por que não experimentar algo deste tipo no Brasil, se, após tantos anos de proibicionismo, a estratégia tem demonstrado pouco sucesso em conter tanto a circulação da substância quanto em diminuir a violência urbana?
O modelo escolhido pelo Colorado para isto tem diferenças com o PL 7270/2014, que apresentei através do mandato, em parceria com organizações antiproibicionistas, mas até mesmo esse já dá sinais claro de que a legalização representaria um avanço.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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