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    Dom Orvandil

    Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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    A luta por justiça na diversidade (vídeos)

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    Não se trata somente do noticiário, principalmente o “editado” e despejado pela mídia neoliberal, com sua seletividade e exclusão, a verdade é que a diversidade é maltratada, incompreendida, ofendida, discriminada e as pessoas por ela se distinguem são até mortas.

    O universo integrado pela diversidade é imenso, mas suas origens e canalizações têm as mesmas vertente e direção.

    O universo de pessoas que diferem dos modelos impostos pela sociedade nascida da escravatura e formatada pelo capitalismo, usando ingredientes opressivos, cruéis e desumanos, é abusado, agredido e diariamente discriminado.  

    Neste momento, o Brasil derrama lágrimas amargas pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips – este categorizado de “gaiato” pelo alma de porco espinho Hamilton Mourão – justamente porque são mártires na defesa dos povos originários na Amazônia, causados pela ganância capitalista, que faz o mundo sangrento girar entorno de um modelo unipolar, o acúmulo de capital.

    Esta é a mesma marca da barbárie adotada contra os negros atacados e surpreendidos em suas comunidades e residências por milícias policias armadas pelos interesses do unipolarismo do ódio, que é pobrefóbico e racista.

    Gays, lésbicas, transexuais, enfim todos os que lutam ancorados nos coletivos LGTBQIA+ são humilhados e discriminados em suas próprias famílias, nas ruas e transportes coletivos pelo unipolarismo sexista, machista, abusivo e assassino a serviço do fascismo. Neste campo, a violência também é causada pelos preconceitos sexuais provindos da visão reacionária das pessoas que reduzem a sexualidade ao paradigma conservador do casamento heterossexual e empresarial, sem amor e sem prazer, passados os primeiros momentos e desafios “romanticóides” burgueses da relação.

    Mas as causas, no fundo da guerra da diversidade, é o extermínio em campo aberto desencadeado pelo capitalismo tomado pela fúria de sua decadência. Portanto, o que se trata é do conflito de classes, aqui também mascarado de conservadorismo sexual e familiar,

    A luta é entre os donos do capital roubado e dos meios de produção usados para retirar as riquezas dos trabalhadores e massacrar a classe produtora. Para dividi-la e enfraquecê-la a burguesia a distribui em guetos com o objetivo de atacá-la nas ruelas sem saída dos diversos grupos que se dividem e se digladiam uns contra os outros, deixando a força da unidade para lá.

    A fonte e a origem da diversidade é, então, a classe trabalhadora. Todas as pessoas discriminadas, abusadas, agredidas e mortas são trabalhadoras. Ao destacarem-se nas lutas diversas suas lideranças erguem as cabeças acima do tumulto conflitivo e, vislumbradas pelos detratores enrijecidos pelo ódio e satânicos, são fulminadas como fator de extermínio e de exemplificação.

    Diante de nós colocam-se as eleições. Muitos dos lutadores da diversidade e trabalhadores se alegram com a possibilidade de mudanças com a viabilidade de elegerem novos atores militantes para os parlamentos, governos estaduais, Congresso Nacional e governo federal.

    Pode ser, mas é temerário o limite deste raciocínio. Não basta eleição ratificadora de pessoas e programas construídos longe do povo, mesmo pelos movimentos de esquerda. É necessário muito mais esforço do que o oferecido pela campanha eleitoral,  minada pelo neoliberalismo e pelo fascismo.

    Impõe-se a necessidade da mobilização da classe trabalhadora, organizando-a pela e na tomada do poder econômico, coisa nem sempre colocada na agenda eleitoreira. A estratégia da classe trabalhadora, atacada e abusada em todos os seus interesses e necessidades, inclusive os expressos pelos movimentos identitários, é o socialismo. É banir definitivamente o capitalismo, suas mazelas, injustiças, preconceitos e discriminações.

    Abraços proféticos e revolucionários,

    Dom Orvandil.

    A CONVERSA PROFÉTICA desta QUINTA FEIRA, 23/06/22, ÀS 19 HORAS, se movimentará à terra de Getúlio Vargas, de João Goulart, de Brizola e do berço do trabalhismo, São Borja, RS,  para o encontro com a Vereadora Lins Robalo.

    Lins Robalo. Assistente Social. Especialista em Políticas de Intervenção a Violência Intrafamiliar. Especialista em Justiça Restaurativa e Comunicação Não Violenta.  Mestre em Ciências Sociais. Coordenadora da Girassol, Amigos na Diversidade. Servidora Pública Concursada há 9 anos em Itaqui, RS. 

    Vereadora pelo PT em São Borja, RS.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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