A pior atribuição de aulas da história do estado de São Paulo é a deste ano
A nossa luta persiste para que tenhamos atribuição de aulas devidamente planejadas, com transparência e critérios objetivos
Todo o descaso do governador Tarcísio de Freitas com a educação paulista aparece no processo de atribuição de aulas deste ano. Certamente, o pior da história do estado. E olha que sempre enfrentamos problemas sérios nesse período do ano para atribuir nossas aulas do ano seguinte.
Uma coisa que deveria ser tranquila, se bem planejada, vira um transtorno na vida das professoras e dos professores. A começar pelo fechamento do período noturno e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que deixa os profissionais sem conseguir aulas para complementar a carga horária, dificultando a vida de todas e todos.
A confusão segue generalizada pela total falta de transparência em todo o processo. As listas de classificação não são divulgadas em muitas unidades escolares, há professoras e professores que não aparecem no sistema, a manifestação de interesses fica sem atendimento, entre outros problemas.
Os critérios abusivos da Resolução 95, deste ano, da Secretaria da Educação (Seduc), deixam muitos profissionais sem conseguir aulas suplementares, prejudicando a vida de quem precisa desse aporte no salário.
Também há problemas graves na realocação nas escolas do Programa de Ensino Integral (PEI), onde os profissionais nunca sabem se permanecerão na mesma escola porque os critérios mudam ao sabor da gestão.
Outra grande dificuldade em acumular aulas acontece porque sem nenhum diálogo, o governo de São Paulo aumentou o tempo de aula de 45 minutos para 50 minutos, o que impossibilita às professoras e professores conseguirem mais aulas. Essa mudança no tempo de aula não trouxe nenhum acréscimo aos salários, já defasados, dos profissionais
A nossa luta persiste para que tenhamos atribuição de aulas devidamente planejadas, com transparência e critérios objetivos de acordo com as leis vigentes para que nenhuma professora e nenhum professor seja prejudicado. Que o processo de atribuição ocorra com serenidade. As professoras e os professores merecem respeito na atribuição de aulas, senhor governador.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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