A serpente, cega pelo ódio, morde o próprio rabo
Bolsonaro, ainda, aproveitou a situação ocorrida no Congresso americano para acenar aos seus apoiadores, afirmando que se, caso, as eleições, aqui no Brasil (2022) se darem via voto eletrônico, ocorrerá o mesmo. Bolsonaro é defensor do voto em papel
A tentativa de golpe em solo norte-americano acendeu um sinal de alerta nos comparsas do imperialismo norte-americano. Aqueles que muitas vezes ignoravam e se calavam diante do avanço de um novo colonialismo liderado, por vezes, de forma escamoteada, nos últimos anos, pelos Estados Unidos em países abaixo da linha do Equador acordaram para o perigo em deixar o ovo da serpente ser chocado. Mesmo que esta serpente, de certa forma, atenda ao apetite do neoliberalismo.
Democratas, republicanos e lideranças de outros países, dentre eles Reino Unido e Canadá manifestaram seu repúdio à invasão ao Capitólio (Congresso Americano) durante o processo de certificação da vitória do presidente Joe Biden, novo presidente eleito daquele país.
Como é sabido, Donald Trump, se recusa a reconhecer a vitória de seu oponente, dos Democratas, chegando muitas vezes a falar em fraude, mesmo sem nenhuma prova. Porém desta vez Trump chegou às vias de fato ao convocar seus apoiadores, a maioria extremistas de direita a invadir o Capitólio como forma de impedir a cerimônia de posse de Biden. A violência à democracia norte-americana contou com a presença de Trump, um representante fiel do ultraliberalismo estadunidense.
O episódio que atingiu a democracia provocou vítimas fatais: Quatro pessoas morreram durante a invasão à sede do Congresso americano na tarde desta quarta-feira (06/01), durante o processo de certificação da vitória do presidente Joe Biden, segundo a polícia de Washington.
Este fato pode provocar uma discussão: Até que ponto, ou melhor, será que vale mesmo a pena para o neoliberalismo, apoiar e se calar diante do fascismo, da ultradireita?
A serpente ultraliberal, tão ignorada e as vezes apoiada pelos neoliberais nos golpes e ataques a democracia na América Latina, mostrou seus dentes ao seu próprio ninho, alertando que “golpe” não é mais um caso isolado, particular e orquestrado para os países abaixo da linha do Equador: O fascismo, o ódio, a ignorância sentiram o sabor do poder.
Mas, enquanto o mundo repudia, no Brasil, Bolsonaro, considerado, a “tiete” mais fanática de Trump falou: “Eu acompanhei tudo hoje. Vocês sabem que eu sou ligado ao Trump, né? Então vocês já sabem qual a minha resposta”.
Vale ressaltar que no “caso brasileiro” o Brasil já foi alvo de ataques à sua democracia por apoiadores de Bolsonaro, um dos casos foi o ataque com uso de fogos de artifício ao STF.
Bolsonaro, ainda, aproveitou a situação ocorrida no Congresso americano para acenar aos seus apoiadores, afirmando que se, caso, as eleições, aqui no Brasil (2022) se darem via voto eletrônico, ocorrerá o mesmo. Bolsonaro é defensor do voto em papel.
Em se tratando de Bolsonaro, precisamos ficar alertas, principalmente se levarmos em consideração a ânsia de Bolsonaro em facilitar a posse de armas de fogo. Fica a pergunta então, a quem Bolsonaro quer armar, e para quê?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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