A terapia não será televisionada
O zoológico humano televisionado mostra o adoecimento mental dos participantes de forma homeopática
Violência verbal e física, assédio moral, manipulações emocionais, surtos psicóticos, indução ao consumo de álcool para pessoas com problemas de adicção, racismo, machismo, gordofobia e até capacitismo. Tudo isso num programa de TV que fica no ar na grade de TV de uma grande emissora do Brasil.
Não assisto, mas o programa está em destaque em veículos de comunicação e mídias sociais. Há jogadores? Acredito que não, são apenas participantes de um simulacro dirigido por um capataz sádico que exige conflito permanente e de um grupo de comunicação que tem como bandeira o respeito à diversidade e ao politicamente correto. Contradição?
Alguns naturalizam, pois o programa é um negócio, negócios precisam dar lucro a qualquer custo. O objetivo de uma TV aberta é a audiência e ela ganha grana com o espetáculo de horrores.
O zoológico humano televisionado mostra o adoecimento mental dos participantes de forma homeopática. Aos poucos a saúde mental dos participantes vai esfarelando.
E quem assiste? Se comove? Sente disparar gatilhos emocionais? Uns escolhem o participante "bom" e outros ficam com o "mau". É o Fla X Flu emocional, de um jogo roubado.
A polarização não é mais política e o diversionismo segue estimulado. E assim segue a audiência, com todo mundo adoecendo e se alienando.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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