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    Arnóbio Rocha

    Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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    A vítima de Datena e LaMarçal!

    A cadeira usada contra Marçal foi "vítima dos ogros", segundo Arnóbio Rocha

    José Luiz Datena agride Pablo Marçal com cadeira durante debate da TV Cultura com candidatos a prefeito de São Paulo (Foto: Reprodução)

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    A vítima dos ogros.

    Ela estava lá quietinha, ouvindo atenta, noutras vezes, fazia cara de paisagem com os absurdos que diziam os candidatos e as candidatas, o nível era baixíssimo e cuidava de baixar mais ainda, desde a garota que veio dos extremos da vulnerabilidade para o ultraliberalismo, assim, sem nenhum estágio intermediário.

    No entanto ela continuava lá, impassível.

    O “prefeito” recandidato que continua sem saber porque herdou a prefeitura e nunca entendeu o seu papel, tenta mais 4 anos para descobrir, apela para o parceiro governador, que promete um dia conhecer a 23 de maio, quem sabe a 25, juntos com o inelegível, já tinham curtido o 7 de setembro da “anistia” ao golpistas.

    Ela nem vermelha de vergonha ficou.

    Então, não mais que de repente, daqueles momentos típicos de um domingo modorrento, de quem perdeu na rodada, ouviu a música do Fantástico e quis morrer de vez. Nesse exato instante, o maior dos boçais, o laMarçal, verte suas fezes pela boca, atacando um candidato do “queremos ibagens, produção”, provoca ferinamente.

    Coitada, ela que suportava tudo aquilo calada, sem se pronunciar, nem mesmo o direito de ir ao banheiro, foi tomada de assalto, sem nem perceber direito, é objeto da fúria de um machão contra outro machinho canalha, covarde. Infelizmente quem realmente sentiu a agressão foi ela, a Cadeira.

    Foi rápido, ela se espatifou no chão, ninguém a socorreu, ainda teve que ouvir o “francês” dos candidatos, o horror do público, o pavor dos e das demais candidatas, mas nenhum foi-lhe solidário (a), caída, machucada ali, naquele chão frio, humilhada por eles. Apenas um rapaz da produção lhe levou ao hospital, sabe que foi heroína por uns instantes.

    O boletim médico diz que ela passa bem, só não sabe o estado psicológico dela, e da população.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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