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Ana Paula Lima

Deputada federal pelo PT de Santa Catarina, vice-líder do Governo, Secretária da Primeira Infância, Infância, Adolescência e Juventude na Câmara, enfermeira obstetra e titular na Comissão de Saúde

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As mulheres e o governo Lula

O governo propõe corrigir a desigualdade salarial, que é um problema estrutural do mercado de trabalho

Marcha das mulheres em Brasília no eixo monumental - Brasília (DF) 08-03-2023 (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

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 Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a despeito de indicadores preocupantes relacionados à violência e à discriminação ainda existente contra as mulheres no Brasil, há o que comemorar: nosso país voltou a ter um governo que respeita todas as mulheres e tem compromisso com a pauta de empoderamento e de igualdade de direitos. 

O presidente Lula lançou, nesta quarta-feira, ações concretas para enfrentar a violência contra a mulher e promover igualdade de gênero, autonomia econômica e saúde integral das mulheres. Significa retomar políticas públicas e programas federais que impactarão positivamente a vida das mulheres brasileiras. 

Uma das principais ações é o projeto que prevê igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam o mesmo cargo. No Brasil, as mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens. É como se a cada ano a mulher trabalhasse 74 dias de graça, segundo consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE. O governo propõe corrigir a desigualdade salarial, que é um problema estrutural do mercado de trabalho de hoje e reflete o machismo na sociedade brasileira, assegurando por lei a equidade salarial e remuneratória no país. 

Uma ação estratégica é o enfrentamento à violência de gênero e aos casos de feminicídio. Está de volta o programa Mulher Viver sem Violência, que terá uma Central de Atendimento à Mulher – o Ligue 180 reestruturado para atender melhor às vítimas de violência e receber denúncias. Está  de volta também a implantação de 40 unidades das Casas da Mulher Brasileira.

É preciso destacar também a retomada do Pronasci, com a destinação de 270 viaturas para as patrulhas Maria da Penha em todo o Brasil. Os recursos são do Fundo Nacional de Segurança Pública e o investimento é de R$ 372 milhões.

O conjunto de medidas ainda prevê ações para mulheres atletas que passam a ter o direito à licença maternidade. Já as mulheres agricultoras ou empreendedoras passam a contar com a oferta de linha de crédito com taxa menor oferecida pelo Banco do Brasil. 

Trata-se de um grande “pacotão” de medidas que impactará positivamente a vida das mulheres e também combaterá a violência e os casos de feminicídio. Infelizmente,  estamos vivendo uma epidemia de feminicídio, provocada principalmente pelo discurso de ódio da extrema direita e os decretos das armas de Bolsonaro, que inoculou na sociedade o estímulo à violência.

O Brasil é um dos países em que mais mulheres são assassinadas, ocupa o triste sétimo lugar num ranking de 84 países. Em pleno 2023, não é admissível que o país registre um feminicídio a cada sete horas, e um estupro a cada dez minutos.

Além do combate à violência em geral, para pacificar e reconstruir o Brasil, o desafio do governo Lula é também enfrentar todas as formas de agressões  contra as mulheres, seja verbal, física ou política. Com Lula, as mulheres voltaram a ter esperança de viver em um país em que sejam respeitadas, com uma nova política nacional de enfrentamento à violência. Fomos recolocadas na agenda econômica, social e política do país.  Juntas com o governo do presidente Lula vamos reconstruir o Brasil. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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