Ato em defesa da Palestina livre
Poucas vezes o mundo verá tamanha capacidade de resistência frente à iminência da morte. E, por isso, o povo palestino pode ser considerado gigante
Quem prestou atenção nas muitas intervenções em apoio a causa Palestina no domingo 22, na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, a de convir comigo que a que mais chamou atenção da multidão foi aquela em que se abriu um corredor em meio ao contingente e seis mulheres simbolizaram mães palestinas. Elas carregavam no colo o que seriam os seus filhos mortos, enrolados em pano branco com manchas vermelhas. Manchas de sangue das centenas de crianças assassinadas na faixa de Gaza e na Cisjordânia.
A tristeza que estava presente no rosto das pessoas diante de tal representação da realidade, dividiu espaço nas mentes e olhares com a força dos protestos. A fundamental contextualização histórica das circunstâncias que envolvem Israel e a Palestina aconteceu conjuntamente a cânticos repletos de energia que demonstraram a enorme resiliência e coragem dos palestinos no decorrer das décadas.
As autoridades árabes presentes discursaram em português e em sua língua natal, palavras de ordem que fizeram muitos presentes derramarem lágrimas. Lideranças políticas brasileiras também fizeram questão de deixar a sua mensagem. Mônica Seixas, vereadora em São Paulo, lembrou que parlamentares que, nas palavras dela, se posicionam contra a agressão racista do estado sionista de Israel aos palestinos nos territórios ocupados, estão sendo perseguidos. Ela, inclusive, é alvo e corre risco de cassação. Mas Mônica não esmoreceu. Fez forte discurso e deixou o local enrolada em uma grande bandeira palestina. Sobre perseguição, Thiago Ávila, importante militante em defesa dos oprimidos do mundo, disse que suas redes sociais foram bloqueadas. E, para finalizar, os jornalistas Breno Altman e José Arbex também discursaram em defesa do povo palestino e apontaram o estado sionista de Israel como colonizador e terrorista. Altman, aliás, foi ameaçado de morte.
O ato pode ser definido como uma ampla manifestação antirracista e pela vida dos palestinos. Como foi calorosamente dito: o povo palestino vem há setenta e cinco anos sendo agredido de forma sórdida por Israel e, mesmo assim, resiste. Trata-se de gente forte e que não será vencida.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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