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    Bolsonaro e o discurso do golpe

    Brasileiros todos, temos que dizer que nosso nojo ao fascismo, aos fascistas, e aos golpistas é imenso e sem fim!

    Bolsonaro em encontro com embaixadores (Foto: Reprodução/Facebook)

    Não sei se o Golpe virá no dia 31/07, no 7 de Setembro, no dia das Eleições ou na Posse do vencedor, que seguramente não será o B. Mas, sei que B. desmoraliza o sistema eleitoral, ameaça a Constituição Federal, as regras eleitorais, suja o jogo democrático, a República, o bom nome da Nação. Além disso é diretamente responsável por açular a violência contra oponentes políticos, organizar milícias,   propor grupos de extermínio, práticas genocidas contra as populações originárias, se abster perante a premência da pandemia, ocultar e malversar dados da gestão danosa da coisa pública em tempos de emergência sanitária.

    Tudo isso sabemos todos. E mais e mais atos de falta de decoro no exercício do cargo.

    Falar e esbravejar sobre isso é chover em pleno mar.

    Também sabemos que cerca de 7000 militares ocupam cargos de confiança desde o Jardim Botânico até o GSI.

    Esses são ao mesmo tempo o escudo, a fonte e a resistência do poder imediato do bolsonarismo.

    Da mesma forma, após tapas e beijos, o Centrão , sempre "ele" na política brasileira, desembarcou no Palácio do Planalto, para usufruir dos muitos milhões do "orçamento secreto".

    São as duas garras do dragão bolsonarista hoje: os militares da "boquinha" e o Centrão dos milhões.

    Assim, a única forma de atingir o dragão da maldade é voltar-se para aqueles que não estão contaminados: os que não estão na Presidência da Câmara, do Senado e das principais comissões. Esses são os soldados do bolsonaristas. Até mudarem de campo e jurarem lealdade ao novo vencedor, se eleições houver.

    Precisamos falar com os sindicatos, grêmios e DAs estudantis, as associações profissionais, de bairros, os grupos religiosos não contaminados pela lógica da barganha, com os jovens em geral, com as mulheres e todos os gays, os negros e os pardos, vítimas preferências do bolsonarismo. Parem e pensem: não se trata de eleger um presidente!

    Trata-se de algo muito maior: barrar o golpe e o fascismo.

    "Ele" todo dia, incansavelmente, nos testa, testa a sociedade civil, testa os tribunais, testa até onde vai a nossa capacidade de resistir e de se indignar! Brasileiros todos, temos que dizer que nosso nojo ao fascismo, aos fascistas, e aos golpistas é imenso e sem fim!

    Bolsonaro ficará na história como incompetente, genocida e como aquele que tentou o golpe e foi barrado pela Resistência popular.

    A nossa resistência.

    Exija de sua organização, sindicato, escola, universidade, associação uma posição imediata!

    Não aceite a desonra de viver sob a ditadura de uma família marcada pela vileza.

    O fascismo não passará!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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