Bolsonaro e o sonho de ser o Lula do amanhã
Com o projeto liberal ruindo, Bolsonaro se agarra ao auxílio emergencial como único instrumento para ascender sua popularidade, com a camada mais pobre do país
O governo Bolsonaro, segundo o DataFolha registrou um aumento na aprovação de 32% para 35%. Os números representam uma leitura distorcida da realidade, sobre o ponto de vista: gestão.
Bolsonaro e seu ministro da economia Paulo Guedes empenharam todo esforço em discursar contra o estado, rasgando todas bandeiras progressistas de justiça social e assistencialismo. Inclusive, com diversas MPs que visam justamente a precarização do trabalho e reformas que atingiram em cheio as expectativas e perspectivas do povo brasileiro.
Com a imagem completamente manchada, discurso populista, fascista, organizada, por mídias digitais, com falas de ódio contra o STF (Superior Tribunal Federal), o Congresso Nacional, além das milhares de mortes pelo Covid-19. Com as mãos sujas de sangue, e o seu governo literalmente ruindo, Bolsonaro buscou o populismo eleitoreiro, como salvação da lavoura.
Se o tão combatido 'socialismo' verbalizado pelo o presidente como o mal a ser extirpado, o assistencialismo ascendeu sua avaliação junto ao povo brasileiro, com o famigerado Auxílio Emergencial.
Recurso tão criticado pela base do governo, que alcançou somente estes valores pela briga do próprio Congresso Nacional, juntamente a oposição. Bolsonaro colhe os louros pelo feito dos outros. Pega carona em projetos petistas, usa de programas sociais tão criticados, como sustentação do próprio governo.
A política econômica de Paulo Guedes tão calcada no liberalismo econômico ruiu. Sem planos sustentáveis e observando o colapso se definindo em todos setores. O desemprego chegando a quase 13 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
A precarização do trabalho, a alta do dólar, a queda acentuada na economia, aliada a tudo isso, os escândalos de corrupção. Sob o sinal de alerta, Bolsonaro adota o projeto social, como mecanismo de sobrevivência do seu governo. Se antes, o estado era o inimigo do desenvolvimento.
Hoje, a pauta 'popular' ganha força, cujo objetivo, meramente eleitoreiro; angariar votos em regiões carentes e camuflar a recessão, fazendo a graça de alguns empresários, donos de supermercados, bancos.
Com os púlpitos em silêncio, a voz do ódio se calou. o discurso fascista, vem sendo ponderado, cuja intenção visa conquistar a ala popular. O Bolsonaro de hoje tem o sonho de ser o Lula do amanhã.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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