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Davis Sena Filho

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Bozos

O Bozo argentino fascista e ultraliberal repete o fracasso e a perversidade do Bozo brasileiro

Jair Bolsonaro (à esq.) e Javier Milei (Foto: Reuters)

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O Bozo argentino fascista e ultraliberal repete o fracasso e a perversidade do Bozo brasileiro.

Tipos como esses dois pulhas perigosos e irracionais são uma questão séria e grave de sociopatia e desumanidade. Nada adianta, comove e convence a dupla de biltres, a não ser derrotá-los, derrotá-los e derrotá-los.

Trata-se, sem o menor resquício de dúvida, no caso de Javier Milei, que privatiza o poder público, de mais um patife a interditar os caminhos de um povo vítima de fome e miséria, de violência e morte, bem como de ditaduras militares sanguinárias e genocidas.

Primeiro, o tal de anarcocapitalista ou libertário ultraneoliberal, como se autodenomina o argentino Javier Milei, vem ao Brasil como se fosse uma ratazana, a entrar pela porta dos fundos da casa, a se escamotear em Santa Catarina, a terra preferida dos fascistas brasileiros, no papel de um ladino sorrateiro para se encontrar recentemente com o igualmente brutal Jair Bolsonaro, que vem a ser o pior e mais perverso presidente que o Brasil já teve em sua história, independente das barbaridades da ditadura civil-militar (1964-1985), que Bolsonaro admira e apoiou, a incluir ainda o período da República Velha.

Tal sujeito — o Bolsonaro — foi chefe de uma “administração” contrária à soberania do Brasil, sectária, de exclusão popular e com vocação genocida. Tratou-se de um desgoverno fascista, profundamente ultraneoliberal e, deste modo, elitista e preconceituoso, razão pela qual acarretou a maior infelicidade e doloso terror acontecidos aos brasileiros durante os quatro anos infernais do mandatário entreguista, profundamente militarista e policialesco, bem como radicalmente avesso aos pobres e aos interesses dos trabalhadores, estudantes e aposentados, realidades comprovadas em suas ações governamentais.

Por sua vez, o argentino Javier Milei exerce seu mandato presidencial há sete meses. Enfrenta uma maioria parlamentar de oposição, porque, apesar de ter aliados, seu partido de extrema direita, o La Libertad Avanza, obviamente é minoria na Câmara e no Senado, com apenas 39 dos 257 deputados, e rizíveis 7 senadores dos 72, que compõem a Casa Alta do país Platino.

A verdade é que Milei é um extremista de direita e neoliberal fundamentalista, que deseja privatizar até a alma dos argentinos ao ponto de parceiros políticos dele fazerem propostas infames para que os pobres possam vender seus filhos, já que no desgoverno fascista de Milei a fome aumentou exponencialmente e com isso os aliados do tresloucado presidente argentino estão a dar opções como permitir a venda de crianças e não a adoção legal e humanizada, como se seres humanos fossem gado de fazenda dessa gente cafajeste e calhorda.

O autor da proposta indecente e que afronta a dignidade humana é o senador deletério que atende pela alcunha de Juan Carlos Pagotto, correligionário de partido do “anarcocapitalista” Javier Milei. Seria cômico se não fosse trágico, humilhante e indigno. Evidentemente que o processo de venda tem de ser para filho ou filha de pobre. Quem talvez deve ter gostado e apoiado a “proposta” do senador digno de ser chamado de nazista é o mercado paralelo de órgãos humanos, que é dominado pelo submundo, que age nos porões desse “mercado” criminoso em âmbito mundial.

Entretanto, e apesar da fome e do desemprego em massa impostos ao povo argentino, Milei desembarca em Santa Catarina onde se reúne com um sujeito, o responsável maior por cerca de 700 mil mortes quando do episódio da crise de saúde perpetrada, no Brasil, pela Covid-19, bem como apoia as sandices de um fascista que está inelegível até o ano de 2030 e, com efeito, não tem, oficialmente, autoridade para decidir nada em nome do Brasil ou do Governo Federal.

Ao trilhar os mesmos passos do Bozo brasileiro, o Bozo argentino, irresponsável, incauto e inconsequente, vive em uma redoma praticamente instransponível, quando opta por viver e governar isolado e desse modo a isolar a Argentina da comunidade internacional e, principalmente, do Mercosul e da América Latina em geral, que estão sendo sabotados por Milei, que se ausenta de reuniões e conselhos, bem como usa o poder de veto para que o Mercosul não atue e aja em bloco para negociar com outros atores econômicos e culturais em termos globais.

Tal qual ao Bozo brasileiro, o Bozo argentino não visita os países da América do Sul, não recebe e não é recebido por ninguém, além de ser rejeitado internacionalmente por ser considerado um fascista em âmbito mundial, que deve ser observado com atenção e cuidado, no que é relativo às suas atividades políticas eivadas de preconceitos, intolerância e violência, que vêm a ser a tríade do autoritarismo levado a cabo por mandatários neofascistas como o Milei e o Bolsonaro, o Zelensky e o Trump, o Orbán e o Netanyahu, dentre outros a infernizar o mundo.

Arrogante e prepotente, mas, sobretudo, incompetente e inepto, seu futuro poderá ser também a cadeia. Fascistas como o Milei sempre terminam mal, porque seus destinos são os piores, como comprova a história, ainda mais na Argentina que colocou na prisão os generais da ditatura (1976/1983), que ceifaram covardemente a vida de 30 mil pessoas, entre mortos e desaparecidos em apenas sete anos, além de terem morrido 649 soldados na Guerra das Malvinas, em 1982, quando os generais assassinos foram derrotados por forças militares regulares da Inglaterra e, com efeito, caíram do poder, que eles usurparam pela força das armas. 

O isolamento da Argentina perante a comunidade internacional é sem precedente em sua história, como ocorreu também com o Brasil nas mãos de um fascista perigoso como Jair Bolsonaro, a comandar estupidamente o Itamaraty, a ocupá-lo com terraplanistas da diplomacia, além de violar a Constituição e o Regimento Interno das forças armadas para concretizar ambições e devaneios políticos, porque seu fetiche maior era se tornar novamente presidente, se possível até o fim de sua vida. Bolsonaro, um narcisista até a medula, queria ser ditador.

A intenção do famigerado “capitão”, que saiu vergonhosamente do Exército e teve uma carreira parlamentar irrelevante e totalmente improdutiva, mas barulhenta, era transformar as forças armadas em plataformas político-eleitorais e até partidárias, além de serem usadas como instrumentos de intimidação e opressão. Bolsonaro tentou ininterruptamente nos quatro anos de mandato presidencial levar os militares para a aventura de mais um golpe de Estado, para a tristeza e humilhação do Brasil.

A realidade é que, tal qual a Bolsonaro, esse indivíduo mequetrefe, que ridiculamente se autodefine como “anarcocapitalista”, não visitou nenhum País, sem que o presidente ou primeiro-ministro não fosse de extrema direita. Porém, ele é o presidente da Argentina. Oficialmente, não visitou o Brasil, o País mais poderoso do Mercosul e da América Latina, bem como não se encontrou com o presidente Lula porque, como todo radical, não consegue negociar e dialogar com adversários políticos e ideológicos, mesmo a ocupar um cargo institucional e constitucional em nome de sua nação.

Não satisfeito com tanta grosseria e visão de mundo tacanha e restrita ao seu olhar torto e pensamento único, Milei desandou a agredir Lula desrespeitosamente, o que por si só já é um absurdo diplomático, além de Lula ser um cidadão que foi preso injustamente e de maneira pérfida e covarde. Seus algozes, sabedores que ele retomaria o poder presidencial arrancado à força da presidenta Dilma Rousseff, trataram de encarcerá-lo sem provas e evidências de ter incorrido em crimes, de forma que a Presidência ficou livre para Jair Bolsonaro, que logo depois teve como ministro da Justiça o juiz Sérgio Moro, exatamente o magistrado que prendeu o Lula e perseguiu virulentamente o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças.

Moro e seu bando de malfeitores da medieval Lava Jato provou que fazia política a usar ilegalmente e criminosamente o cargo público de juiz, assim como comprouvou o que afirmo ao ser ministro do candidato e depois presidente de extrema direita que ele ajudou para chegar ao poder. E não acaba aí. O juiz considerado suspeito, parcial e injusto tinha tanta ambição política que foi eleito senador pelo Paraná. Porém, sua ambição era ser presidente da República. Corrupto e ladrão, no sentido de corromper a Justiça e roubar a vida das pessoas, além de arrasá-las materialmente e financeiramente, Sérgio Moro ainda continua impune e livre das grades.

Até hoje Moro está aí a usufruir da vida como se nada tivesse acontecido, porque livre, leve e solto, sem segurar uma única bronca de muitas que foi o autor, assim como um dos responsáveis pela quebra da indústria brasileira pesada e, com efeito, o causador de desemprego em massa. Qual foi seu prêmio por tantos crimes? Respondo: ser senador da República, sendo que é um dos piores e dos mais improdutivos, preso a uma única pauta, a da "corrupção", que ele jamais combateu a sério como juiz e muito menos como ministro da Justiça e agora senador. O extremista de direita, Sérgio Moro, não apresentou um único projeto social para ajudar a melhorar a vida do povo brasileiro, que sempre pagou o seu salário, porque tal político sempre trabalhou no setor público, apesar de afirmar ser privatista. Trata-se, então, de agente público que age como câncer no organismo estatal.

Lula derrotou o consórcio golpista de direita formado por autoridades do Judiciário, do MPF, do Congresso, das forças armadas e da PF, dos meios de comunicação privados, a terem o grupo Globo dos Marinho a liderar o golpismo barato de republiqueta terceiro-mundista, que retrata a cara e o focinho da “elite” brasileira de alma escravocrata e irresponsabilidade atroz. São vândalos endinheirados que sabotam historicamente o País e o bem-estar de seu povo e pensam que o mundo existe para servir a seus devaneios e realizar suas sandices.

E aí, o que acontece? Aparece um idiota como o Milei, que se fantasiava de “super-herói libertário”, a afirmar que veio da “Liberlândia”. Segundo o “herói” lunático, trata-se de um “país” onde não se cobra impostos. O nome do alter ego de Milei é “general Ancap”, em referência à palavra anarcocapitalimo. Como se vê, essa gente de direita é tarada pelo militarismo e a farda é o fetiche que visita os sonhos ou pesadelos desses fascistas transtornados por suas loucuras, sempre a serviço dos interesses dos ricos e, obviamente, do establishment global. Nem Freud explica.  

Contudo, Milei é politicamente e socialmente uma farsa e fraude. Como o é também o Bolsonaro. Porém, suas candidaturas e vitórias eleitorais foram insólitas e no tempo da internet em que se pode tudo, até que os governos e e parlamentos resolvam mudar esse estado de coisas, de maneira a regulamentar a internet com suas inúmeras redes sociais, que praticam mentiras, calúnias, injúrias e difamações, a explicitar publicamente as fake news.

O general Ancap se considera anarcocapitalista e, por ser esse troço que ele alega ser, defende o capitalismo sem a regulação do Estado. Imagina se tal inconsequente e irresponsável conseguisse fazer isto? Voltaríamos para o período da pedra lascada ou idade média ou para o tempo da escravidão negra. Entretanto, tem um povo que é bovino e entra de cabeça nessa história da Carochinha, porque tolo, ignorante e incauto, além de instintivamente reacionário e moralmente mau-caráter.

Por sua vez, a verdade é que Milei não passa de um bozo, a atravessar as notas do Tango e a repetir o desastre econômico e humanitário que o bozo brasileiro fez no Brasil, a se metamorfosear de “anarcocapitalista” ou “ultraneoliberal libertário”, termos que não passam de figuras de linguagem para enganar trouxa e convencer os desavisados e imprudentes, porque evidentemente que existem apoiadores desse indivíduo extremista, que voluntariamente querem e desejam que as ações deletérias de Milei sejam efetivadas contra o povo argentino.

Por sua vez, a realidade é que Milei ocupa cargo muito importante para a comunidade internacional e, principalmente, para a América do Sul e Brasil. Contudo, o mandatário trata como se fosse privado e não público a Presidência de seu país. Milei se ausentou do encontro do Mercosul no mesmo dia em que esteve em Santa Catarina para participar de um congresso pleno de figuras folclóricas, a se reunir com políticos lamentáveis do fascismo brasileiro.

O general Ancap foi recebido pelo capitão Bozo e seus filhos de ações e gestos fascistas, bem como pelo governador catarinense de extrema direita, Jorginho Mello, um político até então nacionalmente insignificante, quando se juntou ao bolsonarismo com dedicação e estupidez, a fim de arrumar votos, sendo que hoje é governador do Estado proporcionalmente mais à direita do Brasil e casa de inúmeras células compostas por nazistas. Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, apareceu por lá, a mostrar seu sorriso amarelo e doido para sair daquele encontro surreal entre hienas, apesar de ele também ser uma, pois um direitista empedernido, que está a transferir riquezas da sociedade paulista, tresloucadamente, à iniciativa privada. 

É a entrega do patrimônio público para ser mal administrado por megacapitalistas, que fracassaram em vários empreendimentos oriundos de estatais, sendo que as primeiras medidas que tomam são aumentar preços de taxas e tarifas, além de demitirem os funcionários já treinados e experientes, a fim de contratar um menor número de pessoal e pagar salários mais baixos, porque o objetivo maior é o lucro e não servir à população com dedicação e responsabilidade.

Porém, o que mais gera dor às sociedades são os projetos e programas dessa gente de extrema direita que vive no mundo de Nárnia, em um plano mentalmente dissociado da dura realidade das pessoas com suas inúmeras necessidades e problemas. Entretanto, é assim que esses fascistas violentos e plenos de preconceitos por natureza funcionam, tanto nas camadas sociais mais altas quanto nas médias e mais baixas, porque ser fascista independe de sua condição social, origem, raça e cor, de sua religião. Ser fascista é ser mau-caráter.

Ser fascista, portanto, é compactuar, ser cúmplice e apoiador daqueles que desejam o mal da sociedade, porque a questão principal dos fascistas é perseguir, censurar, reprimir e se possível prender, exilar e matar todo ser humano e cidadão que destoa ou que está dissociado de seus pensamentos autoritários e ditatoriais. Ser fascista é, sobretudo, ser mau, ser o mensageiro da distopia.

E é por tudo isto que foi dito até agora que considero que com fascistas não se negocia nada sobre coisa nenhuma, porque o diálogo e o respeito são efetivamente interditados pelos fascistas. Para resumir: é necessário derrotar sem misericórdia e compaixão os fascistas, para que os coloquemos em seus devidos lugares, que podem ser a cadeia e a cassação de suas autoridades no contexto da política e perante a sociedade civil, a democracia, o Estado Democrático de Direito e a Constituição. Entenda, definitivamente: o fascismo mata!

Javier Milei é fascista e Jair Bolsonaro também. Eles não têm compromisso com a vida, com o desenvolvimento humano, e por isso matam, não mecanicamente por meio de suas mãos, porque não podem fazer isso, sem pegar uma imediata cadeia. Matam por intermédio de suas palavras de ódio e intolerância, além dos incentivos contra a ordem democrática estabelecida por Brasil e Argentina.

Matam por meio de seus programas, planos e projetos de governo ultraneoliberais, radicalmente excludentes e sectários, com enfoque no militarismo policialesco, pois a farda, antes de tudo, é um objeto de fetiche dessa gente de modos celerados e malignos, que sempre tratou inúmeros setores da sociedade civil como inimigos a serem derrotados e até eliminados pelo status quo estatal e privado.

Trata-se do establishment, que secularmente realiza e formata alianças, a fim de ter o controle do poder político, do patrimônio público e da economia do país, que gera muito dinheiro, que irremediavelmente acaba dentro dos cofres das burguesias nacionais e internacionais. Geralmente o campo da direita forma alianças para efetivar, por exemplo, reformas econômicas e tributárias draconianas e com efeito favorecer ainda mais as classes privilegiadas.

Os grupos realmente poderosos que controlam a jogatina das bolsas e dos bancos, a transformar o câmbio eternamente volátil, de acordo com os interesses das verdadeiras plutocracias nacional e internacional, que nem aparecem nos meios de comunicação. E para quê? Elas são as donas das empresas midiáticas, que reverberam diuturnamente seus interesses, a fazer uma brutal lavagem cerebral, que transforma seres humanos em ridículos gados.

As classes proprietárias de grandes conglomerados tecnológicos e oligopólios de terras rurais e urbanas, a base de toda concentração brutal de riquezas, onde se edificam a indústria e o comércio controlados pelo baronato inquilino da plutocracia, o andar mais alto da coletividade humana em âmbito mundial.

Milei e seu ministro da Economia, Luiz Caputo, o Paulo Guedes argentino, estão a implantar o que os neoliberais fazem com gosto e dedicação desde Margaret Tatcher e Ronald Regan: roubar os pobres e dar aos ricos o que não pertence aos ricos, que é neste caso o Estado argentino e o direito de viver dignamente. Milei repete, ipsis litteris, o que Bolsonaro fez: entregar o patrimônio público à iniciativa privada, entregar o petróleo, parar as obras e investimentos estatais, congelar os salários dos trabalhadores e dos pobres, transferir renda e riqueza para quem é rico e muito rico e reprimir, se for necessário, os movimentos sociais e de trabalhadores.

Afinal, o general Ancap é “libertário”, palavra que foi sequestrada pela extrema direita para enganar e manipular os trouxas, porque todos sabemos que a extrema direita é autoritária, brutal concentradora de riquezas e repressora de seus adversários. Essa cambada é cafajeste, criminosa e sem qualquer resquício de vergonha na cara, mas quer, na verdade, roubar, implementar governos de exploração e pirataria, apenas para se locupletar com as riquezas conquistadas ao custo de muito sofrimento, além de ter trabalhadores com baixos salários para lhes servirem e enriquecê-los eternamente. Milei e Bolsonaro são perigosos bozos desprovidos de graça, bem como, todos sabemos, que com esse tipo de gente jamais se brinca. É isso aí.

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