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    Roberto de Aquino Neves

    Advogado, líder do escritório Advocacia Combativa

    5 artigos

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    Chapa Lula/Alckmin: “nem deus afunda esse navio”. Era o que se dizia sobre Titanic

    Tivemos 5 presidentes desde a redemocratização : Tancredo, Collor, FHC, Lula e Dilma. Desses 5, em 3 desses casos o vice Assumiu : Sarney, Itamar e Temer.

    Alckmin e Lula (Foto: Stuckert)

    Tivemos 5 presidentes desde a redemocratização : Tancredo, Collor, FHC, Lula e Dilma. 

    Desses 5, em 3 desses casos o vice Assumiu : Sarney, Itamar e Temer.

    Acham pouco?

    Estou falando de fatos ! Nós fomos governados até agora, em 60% das vezes pelos vices. É pouco?O Lula é um gênio da política. Está amarrando tudo muito bem com a criação de uma Federação com o PV, PSOL, PT, PCdoB e PSB. Federação que garantiria para não haja um Impeachment. Vai isolar o Alckmin dentro de partidos de esquerda e ter com a Federação uma média de 160 a 170 deputados. E para barrar um impeachment só precisa de 172. Como diz um amigo: o barbudinho sabe o que faz.Mas isso não muda a matemática dos fatos. Todas as ocasiões citadas sobre os vices, foram planejadas e muito bem planejadas e o caso do Temer mais ainda, e mesmo assim, a Presidência recaiu nos vices!

    O Sarney era como o Temer: um estranho no ninho das esquerdas. Por  certo que não devem ter faltado planejamento, ao colocarem um vice cheirando à caserna, como vice de uma chapa que se queria de esquerda! O plano, igualzinho a hoje, era uma chapa ampla, para barrar o avanço da ditadura, no caso do Tancredo, uma ditadura que já caia de podre, mas que não queria uma redemocratização pelos braços da esquerda.

    O Temer achou o caminho do Impeachment, o Sarney teve pavimentado seu caminho à presidência, pelo silêncio dos cemitérios que pousou sobre o presidente Tancredo, eleito indiretamente.

    A diferença é que nos dois vices da direita, infiltrados pela própria esquerda em seus governos, a transição para os vices foi caótica sob o prisma dos programas de governo progressistas, que foi substituído pelas pautas da direita, pelas mãos dos respectivos vices.

    O único vice que assumiu, e manteve a orientação política do titular e da base que o elegeu, por mais óbvio que possa parecer era ironicamente o vice de direita, eleito num Chapa de direita. Itamar Franco na chapa do Collor. O certo é que nessa estória, a história comprovou que só a direita planejou direito, e não foi pega de calças curtas com a saída do presidente que elegeram. Portanto, no mínimo, não estaria na hora de ao menos um vez na vida escolhermos um vice decente?!

    Não que seja contra uma aliança ampla na atual conjuntura, que inclua inclusive o Alckimin. Mas não precisa ser como vice-presidente! Poderia se criar para ele o Ministério da Maldade, para perseguir o Dória, por exemplo, rsss. Mas brincadeiras à parte, um Ministério, desde que não fosse um dos estratégicos, estaria de bom tamanho!

    Tomemos o Bolsonaro. Ele está aí pois ninguém quer tirar um militar tosco para colocar o Mourão, mais tosco e radical ainda, e por cima, ainda mais inteligente e dissimulado. Só por isso o Bozzo está hoje de pé. Esse é o vice ideal: mais radical que o titular, para a oposição nunca querer desbancar o Presidente!O Problema é que todos os planejamentos sempre falham no chamado "isso nunca acontece", "fulano nunca faria isso ou aquilo", "a conjuntura não permite um novo golpe" "o Teori Zavascki sempre estará vivo para nos 'salvar' " "esse avião nunca cairá" "esse navio nunca afundará". E aí colocam botes a menos no Titanic. Pra que botes? Afinal, nem Deus afunda esse navio....

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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