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    Jeferson Miola

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    Conselheiro da embaixada dos EUA que reuniu com TRF4 é agente de inteligência

    Colunista Jeferson Miola lembra que Willard Smith, que reuniu-se com o presidente do TFR-4, Victor Laus, foi nomeado como “conselheiro político” da embaixada dos EUA na Venezuela. "A presença dele em Caracas coincidiu com o aumento das pressões, do boicote e da agressividade dos EUA em relação ao governo legítimo de Nicolás Maduro"

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    No dia 3/12 o presidente do TRF4 Victor Luiz dos Santos Laus reuniu-se com Willard Tenney Smith, que é um agente de inteligência do Departamento de Defesa dos EUA que usa a camuflagem de “conselheiro político” da embaixada estadunidense em Brasília.

    Em 2015, ainda no governo Obama, Willard Smith também havia sido designado como “conselheiro político” da embaixada dos EUA na Venezuela.

    A nomeação de Smith para Caracas coincidiu com a retomada, em patamar mais agressivo e provocativo, dos movimentos do Comando Sul dos Estados Unidos na América do Sul e no Caribe. A presença dele em Caracas também coincidiu com o aumento das pressões, do boicote e da agressividade dos EUA em relação ao governo legítimo de Nicolás Maduro.

    Neste período, a situação deteriorou muito no país vizinho. Foi intensificada a conspiração para derrubar o governo, e o caos provocado pela oposição fascista financiada pelos EUA chegou perto da guerra civil.

    É impossível não associar Smith com os acontecimentos recentes de violência e desestabilização na Venezuela.  Ele também é personagem indissociável da tentativa fracassada de Trump em janeiro passado – com apoio de governos capachos como de Bolsonaro, Ivan Duque e Piñera – de invadir militarmente a Venezuela para empossar o autoproclamado [sic] Juan Guaidó.

    A reunião do presidente do TRF4 com este agente de inteligência dos EUA é absolutamene condenável; é uma  aberração legal, diplomática e institucional – sumamente grave em vista dos assuntos tratados.

    Este encontro é, também, indicativo da movimentação – aliás, muito à vontade – de agentes de inteligência e espionagem dos EUA pelas “capatazias” de um judiciário vassalo e que serve à potência imperial do norte, não aos interesses nacionais.

    O comunicado oficial do TRF4 [aqui] informa que “Laus e Smith conversaram por cerca de uma hora sobre as competências do TRF4 e dos tribunais superiores em Brasília [sic]. O conselheiro ressaltou que está se atualizando nos recentes casos envolvendo o combate a corrupção no Brasil, como os processos envolvendo a Operação Lava Jato”.

    De acordo com o TRF4, “O visitante também abordou os julgamentos do Supremo Tribunal Federal que tem acompanhado, como o que decidiu pelo compartilhamento de dados sigilosos de órgãos de controle financeiro sem prévia autorização judicial”.

    O presidente do TRF4, a quem a Lei e a Constituição não confere competência para responder pelo judiciário brasileiro e menos ainda ante representante de nação estrangeira, “destacou a importância de órgãos como a Embaixada norte-americana se aproximarem da Justiça e dos tribunais, pois isso possibilita uma maior integração e articulação entre as instituições” [sic].

    Existem tanto indícios como provas da obediência de integrantes da ORCRIM, como Gilmar Mendes nomeia a Lava Jato, às ordens e estratégias jurídicas definidas pelos Departamentos de Estado e de Justiça dos EUA e empregadas no Brasil.

    O TRF4 funciona como posto avançado da ORCRIM de Curitiba. Este tribunal regional é a instância de garante de toda farsa jurídica para condenar Lula e deixar livre o caminho para os EUA imporem seu projeto de recolonização do Brasil e do hemisfério latino-americano.

    A reunião de Victor Laus com o agente de inteligência dos EUA é clara confirmação da ingerência indevida dos EUA no país, e demonstra que o sistema de justiça brasileiro foi corrompido pela extrema-direita nacional e internacional.

    Esta é outra prova cabal de que a Lava Jato foi uma farsa montada em Washington para instalar no poder fantoches que possibilitam o mais devastador saqueio e roubo das riquezas do Brasil.

    O presidente do TRF4 não cometeu apenas desvio funcional, o que já seria suficiente para punições sérias. Ele cometeu crime de lesa-pátria e atentou contra os interesses e a segurança nacional.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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