Cúpula da Celac: Rumo à Integração Regional e Cooperação Internacional, somos o futuro!
A integração regional e a cooperação internacional continuarão sendo fundamentais para promover desenvolvimento, soberania e estabilidade na América Latina
A 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), sediada em Kingstown, São Vicente e Granadinas, foi um marco para os líderes da América Latina e do Caribe. O encontro reuniu representantes de 33 países da região, além de convidados e organismos internacionais, com o objetivo de discutir questões cruciais para o desenvolvimento e a integração regional.
Um dos pontos-chave abordados durante a cúpula foi a necessidade de fortalecer a integração regional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso, destacou a importância de os países latino-americanos e caribenhos se unirem em um mundo cada vez mais multipolar.
Lula enfatizou que a região tem o potencial de se tornar um centro de gravidade na diplomacia global, especialmente ao sediar importantes cúpulas internacionais, como as do G20, Apec, Brics e COP 30. A união regional, segundo o presidente, permite que os países influenciem debates internacionais e fortaleçam seus próprios projetos de desenvolvimento. Ainda destacando a importância do fortalecimento do bloco enquanto representação dos interesses geopolíticos da região.
Outro tema central da cúpula foi a busca por soluções para desafios comuns, como segurança alimentar e erradicação da pobreza. Lula ressaltou a urgência de promover o desenvolvimento sustentável na região, especialmente considerando que ainda há 180 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe sem renda suficiente para suas necessidades básicas, e 70 milhões enfrentam a fome. Nesse sentido, a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, defendida pelo Brasil no G20, pode se beneficiar do Plano de Segurança Alimentar e Erradicação da Pobreza da Celac.
Durante a cúpula da Celac, notou-se uma ausência de discussão sobre o conflito territorial entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo. Este assunto sensível não foi abordado durante a reunião. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia previamente indicado que essa questão poderia ser discutida em um momento mais adequado e em um fórum mais apropriado. Ele reiterou o compromisso do Brasil em contribuir para a promoção e manutenção da paz no continente, deixando claro que o país está disponível para participar de futuras discussões sobre o assunto.
Além das questões internas, a cúpula também abordou conflitos internacionais. Lula novamente expressou sua indignação e reprovação com a situação na Faixa de Gaza, pedindo medidas urgentes para interromper a violência e genocídio causado pelo Estado sionista de Israel.
A agitação sobre o assunto do genocídio em Gaza deu início a uma importante nota conjunta da Celac contra o genocídio promovido por Israel, cobrando o cessar-fogo na região e a retomada das negociações para o estabelecimento de um Estado palestino livre e soberano.
Lula também mencionou a guerra na Ucrânia e a situação de violência e calamidade no Haiti, destacando a necessidade de atenção internacional para a resolução desses conflitos.
A 8ª Cúpula da Celac foi uma oportunidade essencial para os países da região fortalecerem seus laços e enfrentarem desafios comuns, demonstrando que a integração regional e a cooperação internacional continuarão sendo fundamentais para promover o desenvolvimento, a soberania e a estabilidade na América Latina e no Caribe em um mundo cada vez mais imperialista, interconectado e complexo.
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