Deep Veja
Se você não passou batido pela capa de Veja, vai ter diante de si um exemplo de jornalismo de deep web. Ou deep jornalismo. Da deep Veja", escreve o colunista Ricardo Miranda, após uma matéria da revista apontar suposto plano terrorista para matar Bolsonaro
Se você não passou batido pela capa de Veja, vai ter diante de si um exemplo de jornalismo de deep web. Ou deep jornalismo. Da deep Veja. Pois foi nas profundas da internet que Veja jura ter encontrado uma história pra lá de incrível – e muito, muito pouco crível. Veja teria entrevistado, como mostra sua matéria de capa (!), um dos líderes da – prenda a respiração – Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que se apresenta como braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), “uma organização internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países”.
O terrorista identifica-se como “Anhangá” e confessa entre outras coisas que é real um plano para matar Bolsonaro “e mais dois ministros” – Ricardo Salles e Damares Alves. Por que eles? Bom, eu vou parar de contar a história. Leia se tiver estômago. Por mim já elejo a capa de Veja uma das mais bizarras da história do jornalismo, surpreendente até mesmo em se tratando de Veja, ou do que se tornou. Ecoterroristas, tá certo. Teria mais credibilidade se fosse um plano do ET de Varginha pra abduzir o presidente.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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