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    Eduardo Guimarães

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    Destruindo o bolsonarismo

    "A surpresa exacerbada não cabe porque analistas como este que vos fala nunca duvidaram de que Bolsonaro seria desmascarado", diz Eduardo Guimarães

    Jair Bolsonaro (PL) (Foto: Reprodução)

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    Não deveria gerar tanta surpresa a pesquisa Quaest que mostrou  preponderância quilométrica de Lula e  Fernando Haddad sobre um cada vez mais desmoralizado bolsonarismo. O presidente e seu ministro vencem de Bolsonaro a Pablo Marçal com grande folga em uma eventual eleição para presidente em segundo turno em 2026.

    A surpresa exacerbada não cabe porque analistas como este que vos fala nunca duvidaram de que Bolsonaro seria desmascarado pelas investigações da PF, da PGR  e do Supremo. E esse desmascaramento explica a pesquisa em tela.   

    Quando o mesmo instituto de pesquisa, na quarta-feira 11, mostrou Lula com aprovação pessoal de 52% e reprovação de 47%, permeou o cenário político a impressão de que pouco havia mudado. Contudo, a alta reprovação a Lula, como se vê, não significa apoio dessa parcela da população a Bolsonaro ou aos seus possíveis sucessores.

    Além do que, parte dos 47% que reprovam Lula é composta por esquerdistas sem noção que dedicam seu tempo não a enfrentar a tentativa de ascensão da extrema-direita, mas a atacar o "neoliberalismo" de Lula e Haddad, como se enfraquecê-los políticamente e ajudar a extrema-direita a voltar ao poder pudesse produzir menos liberalismo econômico. 

    Seja como for, o que a pesquisa Quaest revela é uma sangria de votos do Bolsonarismo, pois em um cenário de votos totais Bolsonaro despenca enquanto Lula se fortalece um pouco mais e o "neoliberal" Haddad dispara, pois fica claro que, ao lado de Lula, sua gerência da economia está produzindo crescimento e queda da pobreza em ritmo acelerado. 

    Na última quarta-feira, assisti a trecho de uma live de um canal de esquerda em que a política econômica do governo foi qualificada de "suicida" devido ao suposto e inexistente "neoliberalismo" de um ajuste fiscal que reduzirá em 6 reais o aumento real do salário mínimo, que, ainda assim, continuará ocorrendo -- em ritmo menor.

    Trata-se daquela esquerda que jamais ganhou eleição porque, como se vê, não entende nada de política ou de economia. E que parou no tempo, mais especificamente nos anos 1970/1980, na Guerra Fria.

    A pesquisa Quaest revela que pouco restará do bolsonarismo e do seu "mito" ao fim da ação penal que ainda nem teve início, mas  que o presidente do STF avalia que provocará um terremoto político no ano que vem. O julgamento do século atrairá a atenção do mundo e exibirá o impressionante acervo de patifarias de Jair Bolsonaro e seus asseclas. 

    Pouco restará da extema-direita ao fim de 2026. E o que sobrar será suficiente só para permitir disputa eleitoral em que  Lula fechará sua carreira política com vitória acachapante sobre o fascismo. E, de quebra, deixando um sucessor à altura da missão hercúlea de manter  o Brasil no caminho da Justiça Social e do desenvolvimento. 

    Quem viver, verá.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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