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    Rosa Neide

    Deputada Federal (PT-MT)

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    Dia Mundial da Saúde em tempos de Coronavírus

    A pandemia exige a defesa do SUS na perspectiva da cidadania. Deve ser compreendido como direito irrestrito para toda e qualquer pessoa de nosso país. Respeitando as particularidades de grupos sociais como idosos e crianças, considerando as necessidades que requerem os povos indígenas e a população que vive no campo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi criada em 1948 e, a partir de então, o dia 7 de abril ganhou o status de Dia Mundial da Saúde. Segundo a OMS, uma pessoa saudável é aquela que não tem nenhuma enfermidade, dispondo de um bem-estar físico, mental e social. Conceito bem amplo, distante da realidade de boa parte da população mundial e, por isso mesmo, questionado por muitos especialistas e gestores públicos.

    Por outro lado, de maneira muito mais simples e concreta, uma vida saudável pode ser definida apenas como ausência de doença. Sem considerar o contexto social, como as condições de habitação, os hábitos alimentares, as práticas de atividades físicas. De acordo com esta perspectiva, para ser uma pessoa saudável, basta evitar as moléstias.

    Independente das definições conceituais, estamos em uma época de pandemia e, diante da ameaça de nossas vidas, surgem uma série de questionamentos sobre nossos valores. Neste contexto atual, é possível perceber como são fortes os princípios estruturantes do Sistema Único de Saúde.

    O SUS consolidou-se no processo de redemocratização e sempre esteve alinhado com os preceitos da Constituição Federal de 1988. Toda a população brasileira foi alcançada, em maior ou menor grau, pelas políticas de saúde pública com base no direito à vida e na direção do bem-estar social. Importante frisar que Estados e Municípios foram fundamentais para a consolidação do SUS como um conjunto de práticas e ações voltadas para a prevenção e atendimento em todo o território brasileiro.

    A pandemia exige a defesa do SUS na perspectiva da cidadania. Deve ser compreendido como direito irrestrito para toda e qualquer pessoa de nosso país. Respeitando as particularidades de grupos sociais como idosos e crianças, considerando as necessidades que requerem os povos indígenas e a população que vive no campo. Vale salientar, também, os cuidados com a saúde da mulher em todas as dimensões e especialidades médicas existentes.

    Quem acessa o serviço de saúde pública conhece o amplo grau e cobertura para o atendimento básico e de alta complexidade. Ainda que sejam necessários ajustes, aprimoramentos e maiores investimentos, temos em nosso país um dos mais completos sistemas de saúde do mundo. Composto por técnicos, enfermeiros, médicos, farmacêuticos, biólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e agentes de saúde que zelam por nossas vidas cotidianamente. Por toda a trajetória do SUS e pelos profissionais que o compõe, desejo que o dia 7 de abril seja uma data de defesa incondicional da saúde como um direito e não uma mercadoria.

    Vida longa ao SUS, feliz Dia Mundial da Saúde!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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