Dignidade, humanidade e solidariedade
Estive numa reunião-plenária dos movimentos sociais junto ao Ministro Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência
Estive numa reunião-plenária dos movimentos sociais junto ao Ministro Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência, para tratar das ações governamentais de retomada, reconstrução e aprofundamento da participação popular e controle social na elaboração e execução das políticas públicas.
O propósito de transformar a vitória eleitoral em vitória política e ideológica através de uma série de articulações, iniciativas e projetos capazes de dar conta dos graves problemas conjunturais e estruturais do país e do povo merece o máximo reconhecimento e empenho.
O sentido e sentimento de que é necessário superar a agenda negativa e regressiva, resgatar direitos básicos da cidadania, empreender esforços coletivos para dar termo à exclusão, ao desemprego, à miséria e à fome, assegurando vida digna e bem estar aos brasileiros move o espírito e a atitude dos sujeitos históricos envolvidos.
Em sua explanação o Ministro Márcio Macedo apontou o quadro real da situação e os desafios e tarefas que competem ao Governo Federal e aos Movimentos Sociais. Destacou a questão de colocar os pobres para dentro do orçamento e contrapôs o maldito Orçamento Secreto ao Orçamento Participativo.
Também sublinhou o caráter estratégico de reativar os Conselhos e Conferências Nacionais, delegando aos homens e mulheres militantes de causas e lutas a possibilidade e responsabilidade de construir caminhos para a reinvenção da Democracia.
Um novo modelo de participação social e popular mira a inclusão social, a distribuição de renda, a redução das desigualdades e a determinação de que o princípio da solidariedade guiará a reflexão e o encaminhamento das medidas governamentais.
De parte das entidades, organizações e movimentos que se manifestaram durante o evento, indispensável destacar a compreensão aguda da conjuntura política, desde o reconhecimento de que a eleição de Lula só foi possível graças a uma Frente Ampla sem minimizar o papel da resistência popular como fator aglutinador e propulsor das lutas democráticas até o entendimento de que a derrota do fascismo e a aplicação de um outro projeto de desenvolvimento nacional são faces de uma mesma moeda.
A abertura de um espaço de diálogo e, principalmente, a audição das demandas, experiências e propostas originadas de sem terra, sem teto, negros, indígenas, mulheres, juventude, sindicalistas, educadores, líderes comunitários, associativistas, entre outros segmentos organizados da população, representa uma viragem política decidida a um novo ciclo histórico.
De momento resta perseverar nesses meios e objetivos: reconstrução nacional com ampla participação popular, presente tanto nas oportunidades institucionais quanto nas mobilizações de massas e na aguerrida luta de ideias. O aprendizado recente é escola formidável para que possamos com unidade, amplitude, combatividade e objetividade alcançar outro patamar e realização daquilo que fará uma sociedade mais justa, igualitária e humana.
Mãos à obra!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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