Diversidade, inclusão e livros transformam o mundo
A leitura e o conhecimento plural de culturas geram adultos mais respeitosos, afeitos ao estudo de idiomas, empáticos
Não faz muito tempo que a nossa sociedade passou a conviver com menções frequentes a termos como diversidade e inclusão, diretamente conectados à pluralidade de culturas. Essa evidenciação na mídia e na teledramaturgia ajuda a combater preconceitos arraigados e movidos por padronizações opacas à realidade dos povos. Mas é preciso ir além. Em nossa cidade, Maricá – já nacionalmente conhecida por políticas públicas transformadoras, como Renda Básica de Cidadania e transporte de massa de graça –, estamos promovendo a vivência da diversidade pela via da educação.
Durante 13 dias seguidos, concluídos no início deste mês, realizamos nossa maior festa literária de todos os tempos, e uma das maiores do país. A 8a Flim (Festa Literária de Maricá) focou no multiculturalismo e na potência de seus resultados para uma sociedade mais inclusiva. Para representar em carne e osso esse mote, escolhemos um ícone de inspiração mundial, o cantor, compositor e imortal Gilberto Gil, homenageado e participante junto a mais de 50 personalidades das mais diferentes culturas.
Crianças, jovens e adultos tiveram acesso gratuito a todos os espaços e puderam desfrutar das mais variadas experiências. Contudo, ainda queríamos mais. Para além de frequentar o ambiente diverso, oferecemos possibilidades didáticas em uma viagem pela leitura pós-Flim, com a distribuição de 10 milhões de reais em vouchers literários de até R$ 200 para compra de livros por estudantes e professores.
Ao deparar-se com esse ambiente – com mais de 60 editoras, 200 estandes, palestrantes renomados e shows de toda espécie –, o escritor angolano Ondjaki, um dos convidados, ressaltou a importância do evento por ‘desfronteirizar’ o acesso a livros, vistos ainda por muitos como artigos de ‘luxo’, ante dificuldades de acesso a outras necessidades básicas.
O investimento em educação e cultura traz resultados intangíveis, mas, também, materiais. A leitura e o conhecimento plural de culturas geram adultos mais respeitosos, afeitos ao estudo de idiomas, empáticos e que – com a compreensão sobre um mundo diverso espelhada em seus locais de trabalho – produzem mais e geram mais lucros aos negócios.
O mundo dispõe de tecnologias cada vez mais arrojadas, que permitem uma economia multinacional, com complexas redes industriais e financeiras. Nossos cidadãos precisam estar preparados para essa realidade. Os locais de trabalho onde há multiculturalismo e diversidade geram não somente renda 19% maior que nos ambientes não plurais, como superam concorrentes em 35%. Afinal, o que pode agregar um órgão, empresa ou instituição em que todos pensem sob a mesma perspectiva?
A nossa Flim fez voar a imaginação, e gerou resultados concretos antes, durante e depois de sua ativação, com centenas de postos de trabalho criados para o megaevento. É parte do modelo desenvolvido em Maricá, onde praticamos uma economia circular, em que uma decisão está conectada a outra para retroalimentação de bons negócios.
Pensamos no futuro, agindo no presente e propiciando que nossa população se beneficie de políticas públicas sustentáveis, de alcance cada vez maior, e que dialoguem para a construção de uma sociedade mais harmônica e produtiva.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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