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    Hildegard Angel

    Jornalista, ex-atriz, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do militante político Stuart Angel Jones

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    Editado na Noruega o primeiro livro didático com Bolsonaro como genocida

    "Antes mesmo de terminar o 'serviço', Bolsonaro entra para a história, como um líder que promoveu o genocidio de seu povo", conta Hildegard Angel

    (Foto: Reprodução)

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    Por Hildegard Angel, para o 247

    Antes mesmo de terminar o "serviço", Bolsonaro entra para a História, como um líder que promoveu o Genocidio de seu próprio povo, através do negacionismo na pandemia. E eu acrescentaria "através de nebulosas transações, visando propinas, envolvendo membros das Forças Armadas, conforme demonstrado na CPI pelo Senado brasileiro".

    O livro se chama Fabel, foi editado e lançado na Noruega pela editora de livros escolares Aschebourg Undervisning, e é aplicado nos três anos finais do Ensino Médio para a matéria de Norueguês.

    Bolsonaro ilustra o texto sobre "Teorias de conspiração", com a reprodução na legenda inclusive de uma das famosas frases negacionistas e de desprezo à vida humana, de Bolsonaro, que ele agora nega ter proferido.

    A do livro é "... chega de ficar de frescura... vão ficar chorando até quando?".

    O texto esclarece que houve poucos negacionistas na Noruega, mas muitos nos EUA de Trump e no Brasil. 

    Há um outro texto, na página seguinte, intitulado "Um Brasil condenado", aqui traduzido:

    "O Brasil é o quinto país mais populoso do mundo. Durante a pandemia, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi um dos maiores negacionistas do corona do mundo. Enquanto o mundo inteiro ficava em casa durante a pandemia, ele fazia aglomerações ao redor de si e dava 'toca aqui' em apoiadores que se amontoavam ao redor dele.

    'Uma gripezinha', assim ele chamou a Covid-19, doença que matou três milhões de pessoas só no primeiro ano de pandemia. Apesar da pandemia ter se espalhado em tempo recorde no Brasil, ele chamou o corona de uma 'histeria da mídia'.

    O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fazia coletivas de imprensa diárias com atualizações sobre o desenrolar contágio no país. 260 000 pessoas morreram de Covid-19 no primeiro ano de pandemia no Brasil.

    Quando Mandetta criticou publicamente a forma de Bolsonaro conduzir a pandemia, ele foi desonerado".

    Para quem, desde o início do governo, desprezou as opiniões do estrangeiro, e agora, na reta final do desastre, quer demonstrar ser notado internacionalmente, aí está a prova de que ele realmente merece destaque e entrou para os livros de História do Mundo. Mas no pior sentido, como um exemplo a não ser seguido, digno de estar na galeria dos grandes genocidas mundiais. E não vou nem citar os nomes dos demais para não empanar o brilho do nome de Bolsonaro.

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    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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