Eleições presidenciais: Uma Rede Globo despreparada para o processo de informação da sociedade
Ao ver os dois primeiros candidatos a Presidência entrevistados pela maior empresa de comunicação do país percebe-se claramente que o mais importante dos ensinamentos veio do popular funk, onde cada um deve estar no seu quadrado
Por vezes nos causa um desconforto ter dedicado tantos anos ao estudo pesado com ramificações complexas do direito e da política. Isso nos faz perceber desvios que poucos veem e incompetências que esmagam nossas esperanças...
Ao ver os dois primeiros candidatos a Presidência entrevistados pela maior empresa de comunicação do país percebe-se claramente que o mais importante dos ensinamentos veio do popular funk, onde cada um deve estar no seu quadrado.
Ciro, político profissional e constitucionalista aposentado e Bolsonaro, político profissional com sérias debilidades culturais e cognitivas conseguiram aniquilar com os questionamentos óbvios e quase que boçais pela previsibilidade do jornalismo da Globo.
A explicação é clara. Os candidatos por menor qualidade cultural e ou intelectual que possuam saem preparados a exaustão, sabatinados pela maior expertise contratada, que é realizada por profissionais do direito que tem conhecimento das leis e das possibilidades ou não de aplicações de políticas públicas e projetos nos termos da nossa legislação vigente como plataforma de governo e de meios hábeis para contornar situações que pudessem comprometer os candidatos. Preparados por cientistas políticos hábeis e fundamentados para encontrar as melhores respostas para questionamentos que a política impele. Enquanto isso a Rede Globo, empresa jornalística primordialmente, faz suas pautas sem este aparato cognitivo imagino se sentido autossuficiente, com as perguntas sendo preparadas por jornalistas que nada mais são do que generalistas sem expertise alguma, sem fundamento para um debate que se aprofunde.
Quando no exemplo do candidato Bolsonaro se implementam perguntas mais que previsíveis, que viraram notícia de grande repercussão, o candidato já chega com as respostas na ponta da língua e os jornalistas acabam absolutamente atônitos e sem fundamentos para dissuadi-las, afastar as argumentação apresentadas que foram amplamente repassadas pela sua assessoria sempre muito qualificada.
Resultado disso? A Globo foi engolida pelo obtuso Bolsonaro, e isso qualquer do povo foi capaz de perceber.
Assim, é que se retifica o aprendizado de que "cada um no seu quadrado", que jornalista tem que dar a notícia ou estudar, aprofundar em outros conhecimentos para dar uma opinião fundamentada ou mesmo preparar uma pauta questionadora que vá procurar as pechas dos candidatos para informar a população. Há a necessidade da multidisciplinaridade, o direito e a ciência política deve participar do processo, da preparação das pautas. Não temos assim receio de afirmar que a Globo representada pelo seu jornalismo até o presente está engolida pelas assessorias dos senhores candidatos à Presidência da República. A Globo não está prestando um bom serviço à sociedade como seria de se esperar da maior e mais rica empresa de comunicação do país.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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