Em conversa com Lula, Pacheco descarta ministério e deixa em aberto corrida ao governo de Minas

Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) chegou a ser um dos nomes mais cotados para integrar a reforma ministerial do governo. Mas, em conversa com Lula, neste sábado, ao ser questionado sobre seu futuro político, Pacheco teria respondido ao presidente que gostaria de concluir seu mandato de senador, o que adia, por ora, a possibilidade de assumir um cargo no primeiro escalão do governo. 

A estratégia, segundo aliados, foi uma forma do senador se antecipar a um eventual convite, o qual Pacheco não teria como recusar, mas, que no momento, preferia não ter de aceitar. Ao presidente, o parlamentar enumerou o que seriam suas prioridades enquanto senador pelos próximos dois anos, entre elas, o novo Código Civil, do qual Pacheco é autor, e o novo Código Penal, que pretende relatar. Segundo interlocutores, o ex-presidente do Senado quer ser um contraponto à direita que tenta aproveitar para fazer “populismo penal” com a revisão da legislação criminal. Além disso, ele reforça sua veia jurídica e pavimenta o caminho, esse sim, que pretende trilhar até o outro lado da Praça dos Três Poderes, no Supremo Tribunal Federal. O problema é que, teoricamente, só abrirá uma vaga em 2028, com a aposentadoria de Luiz Fux. Pode ser que algum ministro antecipe a aposentadoria, o que ainda é especulação.

Enquanto isso, Pacheco ainda não decidiu sobre a suposta candidatura ao governo de Minas Gerais, em 2026, defendida publicamente por Lula. Ele tem um ano, até abril de 2026, para se desincompatibilizar do cargo de senador e concorrer ao pleito. Mas não é esse o cenário ideal que o ex-presidente do Congresso almeja.