Em defesa da Universidade do Estado do Amazonas
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foi instituída no governo de Amazonino Armando Mendes pela Lei n. 2.637, de 12 de janeiro de 2001, com a aprovação do seu Estatuto pelo Decreto n. 21.963, de 27 de julho de 2001. No dia 3 de agosto de 2001, ela recebeu os seus primeiros estudantes, iniciando assim as suas atividades acadêmicas na capital e no interior do Amazonas.
A UEA foi criada, sobretudo, para pensar, agir e intervir, por intermédio do conhecimento científico, sobre o mundo amazônico e suas populações, a partir de temas e questões cruciais relacionados à sua biodiversidade e sociodiversidade, visando integrar o homem à sociedade, promover o desenvolvimento econômico, social e cultural, além de formar/aprimorar recursos humanos na região (PDI, 2017-2021 - https://pdi.uea.edu.br/categoria.php?area=A01).
A UEA foi idealizada para cumprir uma função estratégica de impulsionar a educação, a cultura e o desenvolvimento técnico-científico, particularmente na Amazônia, democratizando o acesso ao ensino e à pesquisa através da sua presença nos municípios do interior do estado do Amazonas, e atuando e colaborando na elaboração, execução e acompanhamento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional/nacional. Pensar a Amazônia de uma forma soberana, tomando para si o protagonismo técnico-científico de exploração sustentável da floresta tropical e da promoção do bem-estar do homem amazônico é um horizonte desta Instituição.
Na comemoração dos seus 20 anos de existência, em 2021, os números apresentados pela Universidade à sociedade amazonense foram grandiosos: “22 mil alunos matriculados em cursos de graduação e pós-graduação”, 20 unidades (entre Centros e Núcleos) dinamizando o interior do Amazonas, “249 cursos oferecidos, sendo 64 cursos regulares e 185 cursos de oferta especial” (https://uea20anos.uea.edu.br/nossa-historia/).
Em que pese a sua importância estratégica para a região, nos últimos anos, especialmente nesses últimos quatro anos, a Universidade do Estado do Amazonas foi relegada a uma condição deplorável de “quase” abandono pelo governo estadual, com a falta de esforços e investimentos na ampliação e qualidade de sua infraestrutura (laboratórios, centros de estudo, etc.) e na ausência de reconhecimento e valorização de seus profissionais, particularmente os seus professores que estão com os seus salários defasados, algo em torno de 40% em perdas (menos poder de compra), segundo estudo solicitado ao DIEESE pelo sindicato dos docentes (SIND-UEA).
Diferentemente de quem criou a UEA, esse último governo parece não ter noção nem das graves investidas que a Zona Franca de Manaus vem sofrendo (de onde vem o financiamento da UEA. Sem a Zona Franca = Sem UEA) e muito menos da grandiosidade desta Instituição de Ensino para a região.
A defesa da Universidade do Estado do Amazonas deve ser pauta diária dos seus profissionais e da sociedade em geral.
Viva a UEA!
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