Em vez de processo, Breno Altman merece da Conib uma condecoração
"A Conib e suas 14 federações vêm, nos últimos anos, se notabilizado por tentar calar e proibir qualquer voz discordante do sionismo", critica Hildegard Angel
Paris lotou ontem ruas, praças e avenidas, saudando a resistência perseverante do povo palestino.
A Humanidade sente, sempre sentiu, intensa admiração pela coragem dos que combatem, bem como aversão e nojo pela covardia dos que oprimem através do poder do dinheiro, das armas e de uma arrogância desumana. O mundo ama a compaixão e o espírito de luta e repele a prepotência que cala, proíbe, impede a livre expressão de opiniões, como faz agora a Conib contra Breno Altman, um dos mais preparados e respeitados profissionais de imprensa do Brasil.
A radicalização sionista vem lamentavelmente contribuindo para corroer o intenso sentimento solidário dos brasileiros de demais religiões pelos judeus oprimidos e sacrificados pelo nazismo na 2ª Guerra Mundial. Julgávamos que jamais veríamos novamente tamanha apoteose do horror. Agora, quando assistimos às imagens do que acontece em Gaza, aperta-nos o coração, embrulha-nos o estômago, oprime-nos a alma constatar a semelhança constrangedora com tudo a que assistimos nos campos de concentração nazistas, através da literatura, da produção cinematográfica, de documentários e fotos.
Quando cães e gatos se imiscuem sob destroços de Gaza, trazendo de lá farrapos de membros, carnes, ossos dos cerca de 10 mil palestinos soterrados nas ruínas dos bombardeios, entre bebês, crianças, mulheres, homens, só nos veem à cabeça a lembrança das imagens de Auschwitz, Treblinka, Sobibor. É como que um replay trágico do Holocausto tão execrado por nós.
A Conib, em vez de processar e perseguir, deveria exaltar e condecorar esse bravo judeu brasileiro, Breno Altman, que dignifica nossa imprensa e os princípios da história judaica. Conib é sigla da Confederação Israelita do Brasil. Fundada em 1948 com a "missão de zelar pelos interesses e bem-estar da comunidade judaica brasileira", a Conib e suas 14 federações vêm, nos últimos anos, se notabilizado por tentar calar e proibir qualquer voz discordante do sionismo. Uma pena!
#freepalestine
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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