Emissoras bolsonaristas e suas tentativas em escamotear fatos: caçada a Lázaro, a manobra da vez
É inegável o histórico de algumas dessas emissoras com o sensacionalismo, porém a abordagem em telejornais locais, em Estados que estão a quilômetros de distância do fato da notícia, em dias consecutivos, ignorando qualquer outra notícia é escancaradamente claro o compromisso em tentar desviar a atenção da massa popular de determinados fatos
O cenário brasileiro, de uma forma geral, tem tido como pano de fundo os desmandos e mandos de um presidente que se propôs em uma aliança com um dos maiores inimigos do mundo: o novo coronavírus, o que já não é nenhuma novidade, ao contrário, é uma verdade que a todo instante adquire mais fundamentação através de suas atitudes inegavelmente negacionistas.
Nessas últimas semanas a CPI da Pandemia, que investiga as atitudes de Jair Messias Bolsonaro, frente a pandemia tem apresentado fatos que cada vez mais comprovam o compromisso de Bolsonaro e seus pares com uma política antivida. A cada depoimento soma-se mais uma descoberta, o que tem provocado mais desgaste e impopularidade ao governo genocida.
Bolsonaro, cego por popularidade, ainda empurrou ao Brasil, através de uma solicitação da Conmebol, a realização da Copa América, após a recusa, que diga-se de passagem, responsável da Argentina e Colômbia. Porém a utilização da Copa América, como manobra para desviar a atenção popular de seu desastroso governo não teve o resultado esperado, pelo contrário, a rejeição popular diante ao torneio é coerente ao momento que vivemos, e ainda, o esperado, infelizmente aconteceu: já são dezenas de infectados entre comissão técnica, jogadores e trabalhadores do evento.
Enquanto isso, a CPI da pandemia avança sobre Bolsonaro, que acuado, ataca e distribui xingamentos à imprensa. Porém, quando falamos em imprensa atacada, não podemos, aqui, incluir o conglomerado de emissoras pró-governo: SBT, Record, Rede TV e Band, que vêm de forma descarada escamoteando, há tempos, os desastres de seu padrinho, ainda, presidente do Brasil, o genocida, Bolsonaro.
Um fato tomou a grade destas emissoras nas últimas semanas, e não foram notícias da CPI da Pandemia ou o aumento do número de casos e mortes, nem tão pouco o fracasso da motociata pró Bolsonaro. Pois bem, na semana em que o ex-Juiz, parcial, Sérgio Moro foi considerado suspeito em processos contra Lula, por 7 votos a 4 no STF, e que Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado inocente em 11 acusações, na semana em que é investigada a negociação, superfaturada, de uma vacina que não foi utilizada no Brasil, o contrato de compra foi fechado pelo Ministério da Saúde em 25 de fevereiro. Envolvia a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin, com entregas em cinco lotes a partir de meados de março, e ainda, na mesma semana em que o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, alvo de investigações, pede demissão, este conglomerado de emissoras pró-governo, limita-se destacar em sua grade a cobertura do caso de Lázaro Barbosa, um assassino que está foragido depois de praticar crimes no interior de Goiás.
É inegável o histórico de algumas dessas emissoras com o sensacionalismo, porém a abordagem em telejornais locais, em Estados que estão a quilômetros de distância do fato da notícia, em dias consecutivos, ignorando qualquer outra notícia é escancaradamente claro o compromisso em tentar desviar a atenção da massa popular de determinados fatos. Lázaro, um assassino, já diagnosticado como psicopata, ou descrito por alguns apresentadores como possuidor de poderes ocultos vem sendo esticado pelas 4 extremidades a fim de ser transformado em cortina, seria a manobra da vez?
É claro que a captura de um assassino, é essencial para a segurança dos moradores daquela região, isso é irrefutável. Porém o movimento feito por estas emissoras já se tornou desconfortável aos olhos humanos. A caçada a Lázaro está sendo transformada em um reality dos horrores, contando, até mesmo, com a absurda realização de enquetes, como no caso da rede Record TV, insensível às vítimas e seus familiares.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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