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    Davis Sena Filho

    Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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    Engenharia e inclusão social

    Entrevista com Alexandre Mendes Ribeiro, engenheiro civil e servidor da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro

    (Foto: Divulgação)

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    O engenheiro civil e servidor da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Alexandre Mendes Ribeiro, é uma pessoa que poderia ser reconhecida como ‘gente que faz’. Formado pela PUC do Rio, Alexandre Mendes se dedica há anos a melhorar as condições de infraestrutura de uma cidade complexa e plena de problemas a serem resolvidos, como o é o Rio de Janeiro, além de se empenhar para que haja melhoria da qualidade de vida das cidadãs e dos cidadãos cariocas.

    O engenheiro possui vasta experiência na profissão, pois assumiu desde o início de sua carreira há mais de 20 anos projetos e programas de grande responsabilidade, desde quando estagiário quando trabalhou na Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe) até os dias de hoje, quando assumiu o cargo de coordenador de Gestão da Secretaria Especial de Inclusão (SEI) da Prefeitura do Rio.

    Alexandre Mendes comprovou através do tempo que mesmo com as limitações orçamentárias que dificultam as ações governamentais perante as reivindicações e interesses da sociedade, é possível fazer o melhor em prol dos cidadãos da Cidade Maravilhosa, que enfrenta muitos problemas estruturais, que são devidamente registrados para que os trabalhos sejam realizados, de maneira a equacionar as verbas públicas e, com efeito, terminar obras estruturais que vão beneficiar a cidade.

    Fale-me de seu trabalho como servidor do quadro permanente da Prefeitura do Rio.

    Alexandre Mendes Ribeiro – Como engenheiro e gestor, a minha principal preocupação é com obras e a administração da melhor forma possível dos orçamentos e finanças, de maneira a evitar gargalos e, consequentemente, implementar as diretrizes determinadas pelos setores da Prefeitura onde trabalhei nesses anos todos, sempre a cumprir as normas e regras estabelecidas, além de observar com atenção as determinações do gabinete do prefeito.

    Quais foram seus principais trabalhos para melhorar as condições de vida do povo carioca?

    AMR – Trabalhei em obras de restauração e reforma do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, administrei orçamentos para obras públicas, a exemplo dos conjuntos populares ‘Maravilhas’, que atenderam pessoas de baixa renda, obras de recuperação de prédios de moradias em estado crítico, projetos básicos para os jogos olímpicos e paralímpicos, assim como as vilas olímpicas, que estão a servir a população carioca em outras atividades, que não sejam apenas os esportes. Além disso, sempre tive muita atenção com a fiscalização de contratos de obras públicas para construção de creches, Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI), conjuntos habitacionais, praças, obras de urbanização diversas e quadras poliesportivas.

    O que sempre me chamou a atenção em reurbanização, obras, reformas e reparos são as que se direcionaram aos conjuntos populares, muitos deles antigos, anteriores à criação do programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’. Os moradores desses antigos e enormes conjuntos são de baixa renda, o que dificulta para eles fazer obras e realizar a manutenção de blocos, apartamentos e áreas externas comuns a todos. Como foi tratar dessas questões na área de engenharia?

    AMR – Realizei, juntamente com outros servidores, obras, reparos e melhorias nos importantes conjuntos do IAPI de Padre Miguel, no que é relativo ao Programa Conjunto Maravilha, cujos Conjuntos Amarelinho, Hannibal Porto e Comerciários, no bairro de Irajá, também receberam obras e reparos do mesmo programa. Trabalhar para as pessoas que não tem meios para realizar melhorias e assim melhorar a qualidade de vida comunitária é uma grande satisfação. A inclusão social é efetivada de várias maneiras e inúmeras formas. Engenharia a serviço das pessoas é inclusão social.

    E nas comunidades, comumente também chamadas de favelas?

    As comunidades são de grande preocupação de todo e qualquer governo que tenha o mínimo de preocupação com as pessoas que moram nessas localidades e com a sociedade em geral. Fui o coordenador-geral de projetos para domicílios precários, quando foram realizadas reformas parciais em 400 unidades habitacionais em comunidades da cidade do Rio de Janeiro, além da reconstrução com urbanização de unidades habitacionais nos Morros da Coroa, Providência, Mangueira, além do Morro do João e Comunidade do Batan. Sentir o bem-estar das pessoas e ter participado de algumas intervenções nesse sentido nos dá uma sensação de dever cumprido e de respeito ao próximo.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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