Entre sermos soberanos ou colônia
A história da humanidade é cíclica. Os processos de desculturalização e aculturação para a dominação ideológica econômica e social seguem o fluxo inexorável das imposições. Continuamos na lógica onde os fortes mandam e dominam; afinal, fomos convertidos à servidão voluntária de mentes e almas colonizadas.
Passados setenta e sete anos da 2ª Guerra Mundial, ela teve como um dos saldos a elevação dos EUA como superpotência econômica e militar, assim como a URSS. Entretanto, com o fim da URSS, em 1990, os americanos enfim dominaram o mundo unipolarmente impondo suas vontades e seus desejos, muitos dos quais impublicáveis.
Hoje, passamos por mudanças profundas com a China despontando como potência econômica e tecnológica, tirando dos EUA sua hegemonia planetária.
Movimentos estes que geram grande instabilidade no mundo, inclusive, com guerras e ameaças catastróficas de um conflito nuclear. Tio Sam, seja em administrações republicanas ou democráticas, não abre mão de ser xerife do mundo e estabelecer suas vontades que gerem dividendos imensuráveis às suas empresas e ao seu Governo, afinal, na lógica capitalista o que vale é o capital. Tudo, absolutamente tudo, é dinheiro.
Neste jogo de gigantes, aonde não há inocentes, os países se colocam diante de duas opções: ou afirmarão sua soberania ou serão colônias abdicadas de seus destinos, servindo ao imperialismo ou ao jogo da geopolítica; embora, no caso da China, não haja pretensão imperialista, pois o socialismo chinês é para a China.
Nós, latino-americanos e brasileiros, sabemos bem a que geopolítica nos levou. Fomos vítimas de golpes militares no auge da Guerra Fria, onde torturas, assassinatos e desaparecimentos foram praticados e legitimados pelas mentes colonizadas de parte de nossas Forças Armadas e de nossas classes dominantes.
Mais recentemente, sofremos outro golpe, agora mais sofisticado e impetrado pela Lava-Jato. Michel Temer, Eduardo Cunha, entre outros, hoje “ilustres democratas”, e como pano de fundo o Pré-Sal e a Petrobras, e a nossa soberania, isso tudo cumprindo o papel de vassalagem dos inquilinos da Casa Branca. Pagamos e continuamos pagando caro pelo golpe de 2016, coexistimos com parte de nossas elites apátridas, colonizadas na alma, que não titubeiam em vender ou liquidar nosso patrimônio e nosso destino.
Estamos em um processo eleitoral importantíssimo, inclusive, com ameaças de golpes e riscos à nossa democracia recentemente agredida, e temos a decisão: ou seremos soberanos ou colônia.
Devemos lutar, pois Tio Sam é a geopolítica. Não permite ilusões e inocentes neste mundo bélico, perigoso e disputado, onde os destinos de nosso povo estão em jogo, ou melhor em grande risco.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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