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    Bia Willcox

    Empresária que escreve sobre relações de afeto, editora que fez Direito na UERJ, professora que dá palestras, mãe que produz conteúdos

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    Era uma vez uma ideia

    Lula já não é mais um homem somente. Ele é uma instituição e todos os lados do jogo sabem disso. Mesmo que para a direita e as sementes de fascismo essa instituição seja pro mal, não há como os mesmos negarem

    Lula já não é mais um homem somente. Ele é uma instituição e todos os lados do jogo sabem disso. Mesmo que para a direita e as sementes de fascismo essa instituição seja pro mal, não há como os mesmos negarem (Foto: Bia Willcox)

    Lula já não é mais um homem somente. Ele é uma instituição e todos os lados do jogo sabem disso. Mesmo que para a direita e as sementes de fascismo essa instituição seja pro mal, não há como os mesmos negarem.

    Lula - a instituição, o sonho despertado pelo Judiciário Brasileiro, o principal, se não único, líder desse país.

    Lula - a marca de muitas facetas, já que é paradoxalmente o maior corrupto da história do Brasil. E é nesse dualidade de visões que o símbolo, a ideia, a corporação, o conglomerado Lula vai crescendo e tomando forma de gigante.

    E ele sabe disso.

    Como instituição que se tornou, sabe que todo o gesto feito, toda a palavra dita, todo o passo dado é inundado de simbolismo e significados que transcendem e viralizam.

    Tudo o que ele faz é visto, lido e ouvido. Lula não passa batido. Ninguém é indiferente ao Lula, sejam admiradores, seguidores ou odiadores: todos param pra lhe ouvir.

    E ele sabe o que tem na mão.

    Ele sabe que, hoje, basta pegar no microfone que ele vai parar alguns milhões de pessoas para ouví-lo. Lula mexe com o imaginário coletivo de todos, seja para voltarem aos tempos de luta estudantil, seja para viverem o romantismo utópico da luta politica, seja para fazerem bullying infantil ou brigarem por ele em roda de amigos num bar. Esse é Lula, o cara que tá na boca e/ou pensamento de muitos há anos diariamente.

    E ele sabe bem o que isso representa para o país.

    Há os muitos que choram, os muitos que se calam, os muitos que debocham, os muitos que desejam a sua morte, os muito mais que o santificam na base de nossa pirâmide social e alguns poucos indiferentes a ele.

    Lula fez de seu mandato de prisão um evento épico, antológico, legendário, se instalando por 34 horas no local de maior simbologia possível: o Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, onde sua história começou a tomar a forma que conhecemos hoje. Lugar onde discursou, persuadiu, convenceu, acalentou em anos também difíceis para o Brasil.

    Todos sabíamos que a prisão chegaria.

    Todos sabíamos que o golpe estava em curso e que a prisão era parte integrante desse golpe iniciado em 2016. O que ninguém tinha certeza é de como esse momento de prender o Lula se daria. Sabem por quê? Porque quando se lida com massas, com multidões, com muita gente, teremos sempre o fator X. Não adianta fazer planos cartesianos, o povo é imprevisível, é apaixonado, inflamado e ciente de seu poder.

    Lula sempre soube desse poder.

    No dia 06 de abril de 2018, Lula não se escondeu, não atrapalhou, ou sequer resistiu.

    Lula simplesmente assumiu com maestria as rédeas da História desse país. Arrematou os contornos desse desenho, pois ele, mais que ninguém, sabe conduzir a orquestra do povo com sua batuta de inteligência, experiência e empatia. Lula se joga sem medo pra dentro de sua história, nos braços de seu povo. Lula assumiu sem qualquer receio o processo de sua prisão. Sim, ele deu as cartas porque só ele sabe dar quando se trata de povo. O povo é oprimido, é o lado fraco da corda, mas, junto, ele amedronta, ele põe fogo e pode mudar o curso da História. E assim será. Sempre. O povo.

    E foi isso que Lula nos disse nessas 34 horas históricas dentro do Sindicato.

    Eu sou o povo.

    Não adianta me aprisionar porque eu estou aí, soltinho, entre todos os milhões de pessoas que acreditam em mim.

    Lula, instituição forte. Lula, liderança que aniquila e adoece os medíocres.

    Lula, uma ideia que reacendeu em muitos, acendeu em outras tantos e uniu muito mais que desuniu. Hoje temos muitos ligados numa mesma sintonia a uma ideia: Lula Livre. Brasil Livre. Verde e amarelo. Para todos. Como deve ser.

    E Lula sabe de tudo isso.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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