FAKE NEWS, das tragédias do Sul aos descaminhos do Congresso
"Se alguém ainda tinha dúvida sobre o mal que representa as FAKE NEWS, agora não tem mais"
No último comentário publicado no blog de Olho no Futuro, com ampla repercussão nas redes sociais, listei cinco preocupações pertinentes em relação a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. A meu critério a mais relevante, é a participação política em defesa de um estado atingido por uma catástrofe sem precedentes na história do país. Daqui pra frente a dependência de unidade política se torna fundamental para trazer a esperança de volta para o povo gaúcho. As dificuldades de curto prazo são enormes e a normalidade só virá no longo prazo com o aporte de muitos recursos.
O que está se observando por lá, preocupa. No meio de um caos de gestão as pessoas se sentem desamparadas e fragilizadas, o que é normal num ambiente de destruição que se viu. No entanto, o anormal é se utilizar disso para confundir opiniões e dividir de forma proposital uma sociedade que só vai superar a desgraça com muito esforço e a união de todos. As redes sociais estão inundadas de mentiras, sem nenhuma preocupação com os atingidos. Basta acompanhar para perceber que mentes doentias querem transformar a tragédia num palco de disputa política.
A necessidade de atingir os adversários e encobrir os responsáveis por parte do caos que se estabeleceu, é o objetivo maior dessas pessoas. São incapazes de enaltecer o extraordinário apoio que vem de todo o país, de forma solidária, para atender os atingidos do sul. Sem qualquer pudor desconsideram também a pronta ação do governo federal, que viabilizou rapidamente 50 bilhões de reais em recursos e mobilizou todas as forças federais para atender a tragédia e dar atenção ao povo gaúcho. O que esperar dessa gente que só pensa em si e não se envergonha do que faz. Mas bah, tchê, que tristeza nos dá!
Se alguém ainda tinha dúvida sobre o mal que representa as FAKE NEWS, agora não tem mais. No mês de maio, na calada, o Congresso Nacional não resistiu à pressão do negacionismo. Apenas um terço dos congressistas votou a favor da criminalização de quem dissemina informações e notícias falsas. Uma ampla maioria optou por não enfrentar a indústria da mentira; por receio ou por usá-la como forma de fazer política. Não é por acaso que estamos diante do pior Congresso que já tivemos. Se tornou uma Casa de barganha que se apequenou, sem grandes tribunos e muitas selfies.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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