Fim do pesadelo
Apoteoticamente, Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado da genuína e inigualável junção de etnias, culturas e cores
Enfim, o pesadelo acabou. É hora de reconstruir.
Apoteoticamente, Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado da genuína e inigualável junção de etnias, culturas e cores; ou seja, nossa maior riqueza, que é a nossa diversidade, o povo brasileiro.
Ao invés do grotesco, do machismo, da indiferença, da ignorância, do ódio, da hipocrisia – independentemente de ser petista ou do campo progressista – ali, discursando no parlatório do Palácio para uma multidão, via-se humanidade, alívio e esperança.
Os anos torpes da desumanidade aonde prevaleceram a agressão, o desprezo humano, a ignorância evadiram-se covardemente para terras do Tio Sam, assim como os ratos fogem dos naufrágios.
Logo abriu o sol iluminando os anos de obscurantismo: o povo dançou, cantou, emocionou e o Brasil voltou; acordamos, enfim, do pesadelo.
Mesmo diante da terra arrasada, do desafio hercúleo de reconstrução nacional, da saudade e da indignação dos quase 700 mil mortos na pandemia, ontem foi um dia de júbilo e de alegria.
Um novo tempo, um recomeço! E que não nos olvidemos das lições amargas.
A advertência que a História impõe ao Brasil é a de não titubear ao encanto do salvador da pátria, à negação da política, à perigosa e estúpida vacilação com a nossa jovem democracia, o andar entre abismos, do ódio de classes que quase nos levaram à barbárie.
Mais do que recuperarmos os programas sociais, a esperança, nossas empresas, acabar com a fome e a miséria, é urgente enfrentar de forma incisiva o preconceito de classes e suas lutas.
Aquela gente que subiu de forma sublime a rampa é o grande ensejo do ódio e da infâmia de nossas elites. É o alvo preferencial que levou Bolsonaro ao poder e à destruição do Brasil.
À esta gente são negados: a saúde, a educação, o emprego, a aposentadoria, a cidadania. Mas, é esta gente que ajudou a salvar o Brasil, e que bravamente derrotou o fascismo.
Sem anistia e sem acordos. A lei que cuide do quinhão e da responsabilidade de cada um, e que possamos andar para frente e nunca mais passarmos por este terrível pesadelo.
Viva a humanidade!
Que a esperança e a justiça social sejam para sempre, assim como, a democracia.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: