Globo esconde denúncia sobre colega de Deltan suspeito de receber propina de doleiro
"Assim como não noticiou praticamente nada das revelações escabrosas do Intercept sobre o esquema corrupto e mafioso de funcionamento da Orcrim da Lava Jato, outra vez a Globo se omite sobre uma denúncia gravíssima que atinge relevante agente do Estado paralelo de Curitiba", escreve o colunista Jeferson Miola sobre a denúncia de que o doleiro Dario Messer pagou propina mensal ao procurador Januário Paludo
Se existe algo que ninguém pode duvidar é sobre o papel ativo e determinante da Rede Globo na decomposição ética, social, moral e política que transformou o Brasil neste país que hoje é tratado mundialmente como um verdadeiro pária internacional.
Adubada e crescida na ditadura, a Rede Globo atuou como órgão de propaganda oficial do regime militar durante os anos mais tenebrosos da história do Brasil [1964-1985].
Com o término do regime de terror, a Globo não mudou de lado, continuou no mesmo lugar: conspirando contra os interesses do povo brasileiro e contra a soberania nacional, atentando contra a democracia e manipulando a verdade.
A Globo é a grande fiadora da destruição do Brasil levada ao extremo por Sérgio Moro e seus comparsas de Orcrim, como Gilmar Mendes chama a Lava Jato.
A Globo também foi fiadora da farsa monstruosa que a Orcrim chefiada por Moro montou para sequestrar Lula, tirá-lo do páreo eleitoral e, assim, garantir a eleição do extremista que aprofunda o saqueio e o roubo brutal da renda e das riquezas do país.
Coerente com sua vocação de inimiga da democracia e da imprensa livre e decente, a Rede Globo se confirma como dispositivo essencial para a sustentação das práticas corruptas e dos ilícitos cometidos por integrantes da Orcrim que corromperam o sistema de justiça do Brasil.
Em nenhum dos seus veículos – nem no G1, no jornal O Globo e nem nas emissoras de TV e rádio – a Globo noticiou a denúncia de que o procurador Januário Paludo recebia mensalmente 50 mil dólares de propinas de Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”.
A notícia publicada desde a meia-noite de 30 de novembro no portal UOL incrivelmente não mereceu uma única linha de registro em nenhum de todos os veículos da Globo.
Não se trata de denúncia contra um procurador qualquer da Lava Jato, o que em si seria muito grave, se comprovado. Mas a denúncia alcança alguém que representava uma espécie de referência moral para os comparsas do bando – tanto que inspirou Deltan e parceiros a se nomearem “filhos do Januário” [sic] num grupo de Telegram.
Assim como não noticiou praticamente nada das revelações escabrosas do Intercept sobre o esquema corrupto e mafioso de funcionamento da Orcrim da Lava Jato, outra vez a Globo se omite sobre uma denúncia gravíssima que atinge relevante agente do Estado paralelo de Curitiba.
É uma denúncia de tal gravidade que, se as instituições – judiciário, MP, PF – estivessem funcionando normalmente, as consequências mínimas seriam a prisão preventiva do procurador Januário Paludo e a quebra dos sigilos dos “filhos do Januário” para investigar se eles também receberam do “papai” parte da propina.
A Globo é sócia e cúmplice de Sérgio Moro no empreendimento terrorista que atentou contra a Constituição, o Estado de Direito e a democracia para levar ao poder a Aberração que atende pelo nome de Jair Bolsonaro.
É por isso que a Globo não noticia a verdade e não mostra a realidade. A Globo exerce com maestria a arte de dizer o que será e o que não será noticiado; o que é e o que não é notícia. A Globo, enfim, arbitra quais aspectos da realidade serão informados ao público ou quais serão ocultados do público.
Assim como em relação às revelações do Intercept, para a Globo a denúncia de que o chefão dos doleiros pagava propina ao colega do Deltan e amigo do Moro – o “pai” dos “filhos do Januário” –, é como se fosse uma não-notícia, é como se o fato simplesmente não existisse.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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