Há dois anos do golpe podemos escolher novamente o Brasil que queremos
O golpe que destruiu a nossa democracia e o direito dos trabalhadores completa dois anos nesta sexta-feira. Em 31 de agosto de 2016, a maioria dos senadores afastou definitivamente a presidenta Dilma Rousseff, sem crime de responsabilidade. E que Brasil temos hoje?
O golpe que destruiu a nossa democracia e o direito dos trabalhadores completa dois anos nesta sexta-feira. Em 31 de agosto de 2016, a maioria dos senadores afastou definitivamente a presidenta Dilma Rousseff, sem crime de responsabilidade. E que Brasil temos hoje? Um país de injustiças, que semeia ódio e discriminação, com cinco milhões de pessoas passando fome, 170 mil jovens que abandonaram o ensino superior devido ao corte de bolsas e um contingente de desempregados.
Esse definitivamente não é o Brasil que sonhamos e nem o programa de governo escolhido por 54 milhões de votos nas urnas de 2014. Aquele que vende empresas públicas como a Eletrobrás e a Petrobras, um patrimônio do brasileiro, ou corta recursos da educação destinados a bolsas que permitem a permanência de indígenas e quilombolas nas universidades ou ainda que acaba com os direitos trabalhistas.
A injustiça que colheu a presidenta Dilma em 2016 com o golpe parlamentar atinge hoje o ex-presidente Lula, preso político em Curitiba desde 7 de abril, condenado sem provas por setores do Judiciário com a finalidade única de tirá-lo das eleições de 2018. Essa prisão complementa o golpe iniciado há dois para afastar o PT do governo, porque não é possível impedir a vitória do partido pelo voto, tanto que Lula é líder em todas as pesquisas eleitorais.
A liderança inconteste de Lula mostra que a população percebeu a perseguição a ele imposta por setores do Judiciário que o mantém preso, sem provas, enquanto outros denunciados com gravações e provas estão em liberdade. A maioria do eleitorado também quer Lula presidente para ter a volta daquele país com emprego, investimento em educação que permitia que filhos de pedreiro, empregada doméstica chegassem à universidade pública.
Esse entendimento do golpe é tão claro que levará a ex-presidente Dilma, que foi cassada, ao Senado Federal por Minas Gerais. Ela também está em primeiro lugar nas intenções de votos dos mineiros que, com sua eleição, terão a chance de corrigir, em parte, a injustiça imposta a ela por deputados e senadores em 2016.
É por esse Brasil que lutamos. Um país multicolorido, com respeito às diferenças, acesso à educação e saúde públicas e de qualidade, emprego e políticas que possam levar melhores condições de vida à parcela vulnerável da população e reduzir a desigualdade entre os brasileiros. A luta não será fácil, pois tentam de todas as formas afastar a candidatura de Lula e do PT, aliado a partidos progressistas, das eleições de 2018, mas a vontade do povo é soberana e tem apontado o caminho.
Nesse cenário de dois anos do golpe e de eleições e, porque não dizer, que é bem diferente da desesperança vivida em 2016, é essencial que façamos uma reflexão sobre o Brasil que queremos, sobre os nossos sonhos, antes de depositar o voto na urna. É fundamental que o país que queremos esteja representado no Congresso Nacional para que não haja mais golpes, para que os direitos dos trabalhadores não sejam rasgados e que haja financiamento para educação, saúde e segurança pública.
Não haverá milagre nem salvadores da Pátria, o que pode contribuir com o Brasil sonhado é a responsabilidade e avaliação criteriosa diante da urna eletrônica em 7 de outubro. O poder está nas mãos de cada brasileiro acima de 16 anos.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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