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    Laís Vitória Cunha de Aguiar

    Aos 16 anos passou a escrever para a ONG australiana Climate Tracker, que treina jovens para serem jornalistas climáticos, e com isso publicou para a EcoDebate e outros meios de comunicação. Participou dos Jornalistas Livres como freelancer e por um ano do Mídia Ninja. Publica eventualmente no Brasil 247 e Brasil De Fato. Formada em Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo no Ciberespaço e coordena o Parlamento Mundial da Juventude no Brasil.

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    Há mães que só querem paz: ato em Brasília se solidariza com mães palestinas

    De acordo com dados da UNFPA, 30% da população palestina é jovem ). Hoje em dia esse número é considerado muito alto e condiz com o estado de guerra do país

    Protesto “Há mães que só querem a paz de presente", em Brasília (Foto: Laís Vitória Cunha de Aguiar)

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    Nesta terça-feira (7) em Brasília, em frente ao Palácio do Itamaraty, foi organizada a performance “Há mães que só querem a paz de presente”, a qual foi dirigida pelo artista Zé Regino e contou com o apoio do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino do Distrito Federal. 

    A performance visa “defender as mães palestinas, contra a compra de armas. O Brasil não pode, nessa altura, sujar suas mãos de sangue nesse genocídio ”, nos explicou o diretor. Veja aqui sua rápida fala: https://youtu.be/09hRKq95UnE?si=qXHhp8Aj6rMSo8ua 

    De acordo com dados da UNFPA, 30% da população palestina é jovem (ou seja, com menos de 30 anos). Hoje em dia esse número é considerado muito alto, especialmente se compararmos com outras nações. No Brasil, por exemplo, temos 16.5% de jovens. 

    Ter um número de jovens alto como esse durante muitos anos significa que a guerra é uma constante e que o país não consegue se recompor: As pessoas não saem na juventude, a maioria morre antes dos 30 anos, as pessoas têm filhos jovens e morrem jovens. Essa é uma conclusão alarmante, mas que condiz com o estado de guerra atual do país. 

    Durante a performance, mulheres seguraram pacotes brancos enrolados, como se fossem crianças, enquanto o diretor Zé Regino tocava um tambor fúnebre. O vídeo a seguir mostra a situação: 

    https://youtu.be/yxXAq-Wlh8Q?feature=shared

    O tradutor de árabe-português e mestrando em letras na Universidade de Brasília, Amro Saad, “não sabia que aqui iria ver parentes, elas parecem muito com mulheres árabes, dando voz para mulheres que neste exato momento não tem voz…Que estão sofrendo um massacre genocida. Não tenho palavras para falar.” A fala completa de Amro está aqui: https://youtu.be/niNPVZinNSY?feature=shared 

    O ativista e internacionalista Thiago Ávila também participou do ato, e enfatizou como a compra de armas pelo governo brasileiro da empresa israelense Elbit Systems Ltda, pode ser prejudicial para a Palestina: “ O governo brasileiro foi o primeiro a reconhecer o estado palestino, a abrir uma embaixada aqui em Brasília para a Palestina (...) O Brasil não pode chancelar o genocídio e não podemos retroceder nessa pauta. Solidariedade não pode ser só numa fala, ela precisa ser concreta, ter coerência. O Brasil tem o poder de lidar com essa situação como o gigante que nasceu pra ser, Lula tem como lidar com essa situação sendo o gigante que nasceu pra ser (...) O que não pode é ceder a pressão da extrema direita, que não só odeiam o povo palestino, mas também o povo brasileiro, e que querem manchar a história desse governo e de um presidente que sempre foi a favor da causa do povo palestino. Nós estamos aqui para dizer a Lula que não se apequene e que cancele esse contrato com uma empresa que é a estrutura da máquina genocida de Israel.” 

    Para conferir a fala completa do ativista e internacionalista, clique aqui:https://youtu.be/R3op6awzcqY?feature=shared 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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