Ir às ruas é fundamental para tirar o Brasil das garras do sistema financeiro
Os projetos deles retrocedem décadas sobre os direitos trabalhistas. Por isso, vamos às ruas defender o Brasil. Lutar é necessário
Não dá mais para esperar. O Brasil precisa de nós e da nossa luta. O projeto ultraliberal de Jair Bolsonaro está destruindo o país. Os índices de desemprego não param de crescer, a fome já atinge cerca de 120 milhões de brasileiras e brasileiros. E os ricos cada vez mais ricos. Enquanto os pobres cada vez têm menos possibilidades de sonhar com um futuro digno.
Nesta quarta-feira (18), o Dia Nacional de Lutas mobilizará milhares de servidoras e servidores públicos ameaçados por uma reforma administrativa, que é a destruição do serviço público e da qualidade de vida das brasileiras e brasileiros.
A proposta de reforma administrativa de Bolsonaro (PEC 32) e o PLC 26 do governador de São Paulo, João Doria, atacam as conquistas mais importantes das servidoras e servidores. Tiram a responsabilidade do Estado em investir nos serviços necessários para a maioria da população.
Ataques sucessivos à classe trabalhadora desde a reforma trabalhista em 2017, a reforma da previdência em 2019, os sucessivos cortes nas verbas da educação e da saúde, a PEC 95, que congela salários e investimentos no serviço público por 20 anos e todas as medidas do desgoverno Bolsonaro agem para destruir os sonhos de vida digna para quem vive do trabalho.
Com a pandemia tudo se agravou e agora agem para jogar sobre os ombros de quem só tem a força de trabalho para tocar a vida todo o custo da crise que eles ricos criaram com a sua ganância cada vez maior por lucros aviltantes e acumulação de riquezas em poucas mãos (as deles).
O Brasil tem um governo subalterno aos interesses dos Estados Unidos. Por isso, o ministro da Educação, Milton Ribeiro afirma que a universidade é para poucos, ou seja, para as filhas e filhos dos ricos. Aos pobres compete apenas produzir riqueza, ficar sem ver a cor do fruto do seu trabalho e jamais reclamar da precarização do trabalho e da vida de quem só tem os seus braços para labutar.
Além da PEC 32, do PLC 26, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente a medida provisória 1045, que desqualifica de vez a juventude que depende do trabalho para viver, estudar e sonhar.
Essa MP permite a contratação sem direito a férias, 13º salário, FGTS, descanso remunerado e com “benefícios” (não salários) abaixo do salário mínimo. Todos esses projetos fazem parte da ideologia neoliberal de destruição do Estado e fim do serviço público.
Tanto Bolsonaro quanto Doria atuam em benefício dos mais ricos. Querem o Estado mínimo para quem vive do trabalho, mas não medem esforços para liberar verbas para as empresas e empresários que não criam empregos e não atuam em benefício do país.
Querem acabar com o SUS e só não o fizeram ainda por causa da pandemia. Dá para imaginar o número de óbitos causados pelo coronavírus se não existisse o SUS.
Ir às ruas nesta quarta-feira (18) é fundamental para tirar o Brasil das garras do sistema financeiro nacional e internacional. Se queremos um futuro com dignidade para nossas filhas e filhos, a hora é agora. Pois trabalho decente significa que a classe trabalhadora pode e deve viver e sonhar com o futuro.
O projeto neoliberal quer acabar com o serviço público para o mercado tomar conta de tudo, mas quem não tiver como pagar por esses serviços ficará sem escola, sem saúde, sem direitos, sem nada. Os projetos deles retrocedem décadas sobre os direitos trabalhistas. Por isso, vamos às ruas defender o Brasil. Lutar é necessário.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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