Já passou da hora da direção da Petrobras convidar os caminhoneiros para uma negociação efetiva
Em maio p.p., o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas – CNTRC, entidade que congrega sindicatos, cooperativas, associações e caminhoneiros autônomos de mais de 20 unidades da federação brasileira, enviou uma proposta de política de preços para a Petrobrás e recebeu em resposta a informação de que o documento estava em análise pelo corpo técnico da companhia. E assim ficou.
No final do último mês de junho, dirigentes do CNTRC se reuniram, na sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, com a cúpula da companhia e na presença do atual presidente da empresa Gal. Joaquim Silva e Luna.
Nesta oportunidade os caminhoneiros relataram diversos problemas e logo depois, a pedido do próprio presidente Silva e Luna, encaminharam por escrito diversas perguntas recebendo a garantia de que seriam respondidas o mais breve possível. As respostas não vieram até hoje.
Este mesmo CNTRC, há mais de um mês convocou todos os caminhoneiros brasileiros para uma paralisação por prazo indeterminado à partir do próximo dia 25 de julho, domingo, dia de São Cristóvão, padroeiro dos caminhoneiros.
O movimento ganhou força e a adesão de todas as regiões (sul, sudeste, nordeste e norte). Apenas no centro-oeste, com a safra de grãos em andamento, e onde os fretes no momento proporcionam ganhos excepcionais, houve pouca adesão mas a garantia de apoio.
Desta forma estamos caminhando para uma grande paralisação no próximo final de semana com consequências previsíveis e imprevisíveis para toda a nação inclusive com a participação de outras categorias já confirmadas e de toda a população.
Parece claro que é necessário que a administração da Petrobrás e o governo brasileiro, se esforcem na busca por uma conciliação que atenda a todas as partes, antes que seja tarde demais.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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