Jovem Pan esbofeteia a Nação
"Seus funcionários sabem que quem tocou o terror foram os bolsonaristas", diz o colunista Eduardo Guimarães em referência à emissora e ao vandalismo em Brasília
Para começo de conversa, é bom entendermos por que a Jovem Pan faz o que faz com o jornalismo no país. Metade da audiência nacional de canais de notícias consome... notícias. Já a outra metade, consome lixo tóxico pseudointelectual. E no campo do lixo, só a Jovem Pan tem porte e peito para chafurdar à vontade.
A JP explora, portanto, metade da audiência dos canais de notícias e a Globonews e a CNN exploram a outra metade. Porque só a emissora do Tutinha tem peito e falta de noção suficientes para mergulhar no pântano de mentiras e mistificações grosseiras que, no limite, podem pôr em cana o dono desse boteco pseudoinformativo.
Foi no caso da consolidação do caráter terrorista do bolsonarismo, em 13 de dezembro, que foi possível mensurar até onde a "TV de Bolsonaro" é capaz de chegar. E era mais longe do que a gente pensava...
Mas se Bolsonaro foi capaz de tentar empurrar Roberto Jefferson para o colo do PT, porque não mandaria suas milícias tentarem empurrar os terroristas bolsonaristas para o mesmo lugar? Então foi o que a Jovem Pan News fez: passou a dizer que quem tem mania de queimar ônibus e promover depredações é a esquerda, utilizando como exemplo os protestos de esquerda em 2013, sobretudo no que tange a tática black bloc.
Em que pese a semelhança das ações, ainda que não sejam cem por cento iguais em termos de viés criminoso, não é preciso ser um Einstein para entender que Lula não tem o menor motivo para mandar esquerdistas tocarem o terror. Até o mais estúpido dos homens sabe que ações assim o prejudicam.
Mas a conduta da JP se torna ainda mais criminosa quando se sabe que seus funcionários-pistoleiros sabem muito bem que quem tocou o terror foram os bolsonaristas, que se dão ao desfrute de fingir que acreditam que foi a esquerda quem praticou os atos de terrorismo que seus aliados vêm praticando.
A emissão de farsas de todos os tipos que a emissora faz por meio do espectro radioelétrico, que é um bem público, portanto, equivale ao aparelhamento criminoso da TV Brasil. E o complementa.
Ou seja, assim como Bolsonaro usou o Orçamento da República para comprar votos de parlamentares e da parcela empobrecida da população na eleição deste ano, a Jovem Pan usa um bem público como instrumento de crimes de falsidade ideológica, ao menos.
E o comportamento da Jovem Pan fica muito claro quando se descobre que os criminosos bolsonaristas que depredaram Brasília na madrugada desta terça-feira 13 estão assumindo, nas redes sociais, a autoria dos crimes. E nem precisavam, já que as imagens desses mesmos criminosos foi fartamente registrada e poder-se-á constar que todos são bolsonaristas.
E até porque o movimento se deu em favor de uma liderança bolsonarista, o tal "cacique" que, agora, sucede o falso "padre" que Bolsonaro usou na campanha eleitoral.
Nas asas da mais nova tentativa de reconstrução do Brasil, portanto, há que ter em mente que, desta vez, é preciso resolver problemas que, ao não serem enfrentados no passado, vão se agravando através das décadas, conforme avançamos no túnel caleidoscópico do tempo. Como o problema dos militares, por exemplo...
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