Lava Jato: A farsa que destruiu a economia brasileira
As ações egoístas de Moro não prejudicaram apenas Lula, mas criaram todo um ambiente de incertezas econômicas. A partir da ação mais incisiva da força-tarefa, em 2015, impactou-se diretamente a capacidade da Petrobras e de empresas do setor petroleiro e da construção civil
Por Zeca Dirceu
Costumo dizer que a verdade pode até demorar a aparecer, mas um dia prevalece. Com a divulgação de mais de 50 páginas de conversas, entre os procuradores da Lava Jato e Sergio Moro, ficaram muito evidentes o conluio e a fraude jurídica praticada por aqueles que se diziam detentores do saber jurídico e da imparcialidade.
Nesses diálogos encontramos uma série de crimes entre os procuradores do Ministério Público Federal, entre eles o procurador Deltan Dallagnol (aquele que dizia “não temos provas, mas temos convicção”) e o então juiz Moro. Nessas conversas, Moro orienta, faz acordos e combinações com os procuradores sobre formas de como apresentar a denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva e como incriminá-lo no caso do tríplex do Guarujá.
Moro sempre gostou de ter atenção e usou a estratégia da midiatização para construir o tal “herói nacional”, e assim ganhar o apoio de uma classe média fútil, que sempre esteve contra as políticas sociais de Lula. Moro passou por cima de vetos, de leis e de pessoas para satisfazer o seu ego e o seu lavajatismo. E como consequência do anti-heroísmo de Moro recebemos um presidente fascista e uma crise econômica sem precedentes.
As ações egoístas de Moro não prejudicaram apenas Lula, mas criaram todo um ambiente de incertezas econômicas. A partir da ação mais incisiva da força-tarefa, em 2015, impactou-se diretamente a capacidade da Petrobras e de empresas do setor petroleiro e da construção civil. Foram ao todo 37 fases da operação Lava Jato, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal. Dessas, 15 citavam a Petrobras, enquanto o termo genérico “empreiteiras” foi usado nas outras fases para não expor as empresas.
Com a estratégia de desacreditar a política e as empresas nacionais, o espetáculo midiático da Lava Jato levou a Petrobras a reduzir seus investimentos em 25%, anunciado pelo próprio Conselho de Administração da petroleira em 2015, algo em torno de 2,5% da retração do PIB na época. Já em relação à construção civil, a retração em 2019 foi de 28%, em relação a 2014, segundo a Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed). O setor vinha com um desenvolvimento tecnológico latente, criando milhares de empregos, porém, após a força-tarefa o declínio ficou nítido.
Foram centenas de milhares de empregos destruídos, prejudicando milhões de brasileiros. Só entre 2015 e 2018, a construção civil fechou um milhão de postos de trabalho, o que representa 40% das vagas de emprego perdidas na economia. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), em parceria com o Inep, divulgou que em apenas quatro anos, todo o sistema Petrobras, incluindo refinarias e subsidiárias, diminuiu o número de trabalhadores de 86 mil para 63 mil, já os terceirizados caíram de 360 mil para 117 mil, sem contar as vagas indiretas de trabalho.
A Lava Jato provocou a difamação das empresas, estancou produções e ajudou a fomentar a política privatista. Para recuperar R$ 2,5 bilhões, de 2015 a 2019, foi necessária uma perda de aproximadamente R$142 bilhões só em 2015. Dados divulgados pelo jornal Valor Econômico, em artigo dos pesquisadores Luiz Fernando de Paula, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), e Rafael Moura, doutorando de Ciências Políticas do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp/UERJ).
Sergio Moro gastou 964 parágrafos para condenar Lula, sem provas. A condenação nunca foi para dar fim à corrupção no país, mas sim para atender aos interesses de uma elite que nunca se preocupou com a realidade do povo brasileiro. De uma pequena parcela da população que nunca admitiu ver o filho da empregada na mesma faculdade que o filho do patrão.
A crise econômica ainda irá longe, mas a farsa da Lava Jato está com os dias contados. Lula foi ameaçado, julgado e humilhado por defender o Brasil e dar oportunidades para quem sempre ficou à margem. Este foi o real motivo da “Farsa Jato”, uma mentira nacional que prejudicou a vida de milhares de brasileiros.
Eu, e milhares de pessoas de diversos partidos e ideologias, queremos que o Brasil volte a crescer e seja feliz de novo. Continuamos firmes na defesa de Lula, da justiça, da democracia e do Brasil.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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