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    Ricardo Mezavila

    Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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    Lewandowski e a falta que Dino faz

    "O governo perdeu muito com a saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça. Dino era o nome que dava maior visibilidade e credibilidade ao governo"

    Ricardo Lewandowski, Lula e Flávio Dino (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    A comunicação do governo Lula está sendo insuficiente, tanto que o Presidente reuniu seus ministros para cobrar mais eficiência na divulgação dos trabalhos realizados em suas áreas.

    Mesmo com a gravidade das acusações e com o início de uma série de indiciamentos feitos pela Polícia Federal, como a fraude dos cartões de vacinação, Jair Bolsonaro continua sendo o maior adversário dos progressistas.

    Pesquisas internas de partidos apontam que, se a eleição fosse em 2024, Bolsonaro seria eleito.

    Muito se fala sobre a queda de popularidade de Lula. Alguns fatos contribuem para isso, como sua fala na cúpula da União Africana na etiópia em janeiro, comparando os ataques de Israel a Gaza ao Holocausto de Hitler.

    No Brasil, os mantenedores do fanatismo religioso neopentecostal, conseguiram criar uma simbiose forçada entre judeus e evangélicos, fazendo com que seus seguidores pensem que dentro de suas gavetas existe uma peça do pijama listrado usado por prisioneiros dos campos de extermínio.

    Assim, mais de trinta por cento dos eleitores ficaram ‘chocados’ com as declarações do Presidente, dando espaço para que os exploradores da fé fortaleçam teorias sobre comunismo e pautas conservadoras.

    Os preços dos alimentos, principalmente frutas e legumes, estão muito acima do orçamento da cesta básica; isso é, de fato, impopular, e deixa o governo sem oralidade de defesa. A saída é reverter a situação e equilibrar os preços. As críticas de Janja sobre a não indicação de uma mulher para a cadeira da ministra Rosa Weber no STF, também em nada contribuiu.

    Ontem, o ministro do STF Alexandre de Moraes homologou a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, assassino da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro.

    O ministro da justiça, Ricardo Lewandowski, convocou a imprensa para anunciar a decisão de Moraes. A viúva de Marielle, vereadora Monica Benício, criticou dizendo: “Esse pronunciamento do Ministro em nada colabora com a esperança, apenas aumenta as especulações e uma disputa de protagonismo político que não honram as duas pessoas assassinadas. Transformar os fatos deste caso num espetáculo já virou prática corriqueira de diversos veículos de imprensa, contra a qual tenho lutado duramente"

    Na tentativa, quase desesperada, de frear a queda de popularidade, assessores de Lula atiraram Lewandowski aos holofotes. O governo perdeu muito com a saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça. Dino era o nome que dava maior visibilidade e credibilidade ao governo.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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