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Fernando Lavieri

Jornalista, com passagens pela IstoÉ e revista Caros Amigos

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Liberdade a Julian Assange e ao povo palestino

Em ambos os casos o horror é perpetrado pelo imperialismo estadunidense. Chegou o momento de o stablishiment ser alterado

Manifestantes pedem liberdade a Julian Assange (Foto: Reuters/Hollie Adams)

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Nesse momento, o futuro de Julian Assange e do povo palestino estão interligados e são os assuntos principais a serem observados com atenção. Os seus resultados serão determinantes para o desenrolar da primavera no século XXI.

Julian Assange esteve confinado em situação de exilado na embaixada do Equador, em Londres, na Inglaterra, de 2012 a 2019. Depois, ele perdeu a condição de expatriado e desde essa data está preso (político) no Reino Unido. Mas por que Assange está encarcerado e ficou exilado? Ele, jornalista de profissão, humanista e internacionalista por convicção, divulgou documentos secretos estadunidenses. E o que de fato veio à tona após as divulgações feitas por Assange em seu portal WikiLeaks? Revelou-se que os EUA espionaram diversos políticos em todo o mundo, incluindo presidentes e primeiros-ministros. Entre eles estão Dilma Rousseff, quando era presidenta do Brasil, e Angela Merkel, então líder de governo da Alemanha. Assange também mostrou ao mundo as atrocidades cometidas pelos Estados Unidos contra presos políticos e civis, em Guantánamo, Iraque e Afeganistão. 

Julian Assange, com brio e documentos quentes, demonstrou ao mundo como age o imperialismo, as suas mentiras e a sordidez de organizações como a CIA. O Tribunal Superior de Londres permitiu a Assange apresentar recursos em sua defesa, mas ele ainda pode ser deportado para os Estados Unidos para morrer de forma vil. Resumidamente, o imperialismo não permite que se mude o stablishiment. Mais: quem atentar contra essa ordem corre sério risco de morte. De qualquer maneira, o trabalho desenvolvido por Assange e a sua prisão reestabeleceram a verdade: não há dúvidas a respeito da torpeza estadunidenses. Após a revelação dos crimes de guerra e lesa-humanidade feitas por Assange, não há de se ter imprecisão. Os Estados Unidos deveriam ser, no mínimo, considerados um Estado pária. 

Há seis meses é possível ver por meio das redes sociais a terrível ação do imperialismo e colonialismo genocida contra o povo palestino em seu território, a Faixa de Gaza. São mais de quarenta mil mortos, em sua maioria crianças e mulheres. A agressão, sem precedentes, do regime sionista capitaneada nesse período por Benjamin Netanyahu, entrou para história como modelo de destruição em massa de população civil. No domingo 26, Israel atacou Rafah, onde os acampamentos palestinos estão sob cuidados da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi um morticínio. O regime sionista rompeu qualquer barreira humanitária, a barbárie é fato incontestável. Tanto é assim que diversas nações reprovaram publicamente a ação militar. Usando a mentira como plataforma, Netanyahu tenta enganar ouvidos e olhos desavisados. Ele busca, na verdade, a eliminação do povo palestino. Trata-se de limpeza étnica.

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A total liberdade de Julian Assange poderá representar importante derrota política dos EUA, em território amigo. A total liberdade do povo palestino passa pela reconstrução de seus territórios degradados e os invadidos por Israel, as organizações palestinas devem se valer da solidariedade humanitária e das cortes internacionais para alcançar esse objetivo. A via militarista, por enquanto, não é real. Salvar o povo palestino representará fracasso estadunidense e sionista. Tal libertação, é óbvio, inclui cessar-fogo imediato e delimitação dos espaços da Palestina e de Israel como foi estabelecido pela ONU, em 1967.

Ambas as tarefas de liberdade requerem solidariedade internacional e divulgação dos acontecimentos pelos canais independentes e redes sociais. Temos de dar a devida abrangência aos casos de Julian Assange e a questão palestina, o 24/7 está aqui. Se o imperialismo e sionismo forem vencidos, o conjunto de normas conhecido como direitos humanos sairá vitorioso e o século XXI mais ameno.

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