Liberdade para os integrantes da LCP presos pelo latifúndio
Latifúndio e polícia retomam ofensiva e prendem camponeses ligados a LCP
Renato Farac, DCO
Na última semana os latifundiários e seu governo capacho de Rondônia iniciaram uma nova ofensiva de perseguição e intimidação contra os camponeses, a Liga dos Camponeses Pobres e os advogados que os defendem.
O governador bolsonarista, o Coronel Marcos Rocha (PSL) e seu Secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, o Coronel PM José Hélio Cysneiros Pachá, conhecido como carniceiro da Santa Elina, iniciaram a Operação Canaã que iniciou uma série de prisões e ações de busca e apreensão.
No dia 23 de novembro, a polícia civil prendeu sete camponeses e ainda possui o mandado de prisão de mais quatro camponeses que não foram encontrados. Para realizar as prisões, uma grande operação invadiu e revirou dezenas de casas de camponeses a procura dos integrantes e humilhou e aterrorizou centenas de pessoas, incluindo crianças e idosos que não sabiam o que estava acontecendo.
Uma semana antes, a polícia prendeu 30 camponeses, incluindo mulheres e crianças, acusando-os sem nenhuma prova de um assassinato de um latifundiário e grileiro de terra conhecido na região, chamado Heládio Cândido Senn, ou Nego Zen. Nego Zen foi assassinado e a polícia e o latifúndio prontamente acusaram a LCP e os camponeses. Apesar das prisões e das intimidações, não há nenhuma prova, apenas é sabido que há muito conflitos entre grileiros que buscar roubas as mesmas áreas do Estado e Nego Zen havia muitos inimigos grileiros.
Já não bastasse as perseguições e arbitrariedades acima, a polícia resolveu atacar a advogada que defende os camponeses. A casa da advogada Drª Lenir Correia, integrante da Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (ABRAPO), foi invadida pelos policiais, revirada de ponta cabeça e tiveram materiais fundamentais de trabalho e documentos para a defesa dos camponeses “apreendidos” pela polícia. Drª Lenir está sendo acusada de “organização criminosa” e celulares, notebook, materiais de sua pesquisa de mestrado, agendas inclusive com informações sigilosas de todos seus clientes etc., apreendidos.
É importante lembrar que a Drª Lenir estava defendendo os camponeses do Acampamento Tiago Campim dos Santos, defendendo companheiros da LCP presos, representa as acusações contra policiais que assassinaram os camponeses recentemente na região.
Após insucesso nos despejos, latifúndio inicia outra ofensiva
A repercussão, mas principalmente a luta dos camponeses, em impedir os despejos, fato que até forçou o STF golpista em proibir os despejos, a direita que comanda o estado de Rondônia está se utilizando da polícia para perseguir e prender os militantes da luta pela terra e seus apoiadores. Lançaram a Operação Canaã, uma operação farsa e que se fundamenta em ilegalidades, para atacar os camponeses.
Estão chamando a Liga dos Camponeses Pobres de “organização criminosa” e todos que estão ligadas a ela ou a luta pela terra está sendo acusado, perseguido e preso. É uma clara perseguição política do estado latifundiário e que deve ser denunciada amplamente por todas as organizações de esquerda e democráticas porque estabelece uma organização de luta pela terra de criminosa e os verdadeiros criminosos, os latifundiários, a polícia e o governo saem ilesos.
É preciso uma ampla campanha de apoio aos camponeses da luta pela terra, a LCP e a ABRAPO exigindo o fim da criminosa Operação Canaã e da liberdade imediata dos camponeses presos.
Pela imediata libertação dos presos políticos da luta pela terra!
Pelo fim da polícia!
Pelo fim do latifúndio!
Fora Bolsonaro e fora Coronel Marcos Rocha!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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