Licença para matar: decreto de golpistas autoriza repressão sanguinária ao povo boliviano
O colunista Jeferson Miola critica o Decreto do governo golpista da Bolívia que exime as Forças Armadas e as polícias de responsabilidades criminais pela repressão brutal contra o povo boliviano. "É urgente um pronunciamento do Conselho de Segurança da ONU e o rechaço de toda a comunidade internacional ao golpe promovido pelos EUA na Bolívia e que está causando uma catástrofe humanitária no país"
O governo ilegítimo e usurpador da Bolívia publicou Decreto através do qual exime as Forças Armadas e as polícias de responsabilidades criminais pela repressão sanguinária perpetrada contra o povo boliviano.
Diz o artigo 3º do Decreto:
“O pessoal das Forças Armadas que participe das operações de restauração da ordem e da estabilidade pública, ficará isento de responsabilidade criminal quando, em cumprimento de suas funções constitucionais, atuar em legítima defesa ou estado de necessidade”.
Com o Decreto, militares e policiais civis da Bolívia receberam licença para matar seu próprio povo, quando teriam a responsabilidade constitucional de defendê-lo.
O Decreto que dá carta branca para o banho de sangue na Bolívia só foi publicado na tarde deste sábado, 16/11, porém com assinatura do dia anterior, quando ocorreram mais 9 assassinatos de populares pelas forças policiais que reprimiram manifestações pelo país.
O golpe planejado em Washington e executado em solo boliviano diretamente pela OEA de Almagro com o apoio decisivo de governos capachos e subservientes aos EUA como Bolsonaro, no Brasil; Iván Duque, na Colômbia e de Piñera, no Chile, está evoluindo para uma ditadura sanguinária.
Apesar do aprofundamento da violência e do terror de Estado, cresce a cada dia e se radicaliza ainda mais a resistência popular e democrática ao golpe.
É urgente um pronunciamento do Conselho de Segurança da ONU e o rechaço de toda a comunidade internacional ao golpe promovido pelos EUA na Bolívia e que está causando uma catástrofe humanitária no país andino.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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