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    Sara York

    Sara Wagner York ou Sara Wagner Pimenta Gonçalves Júnior é bacharel em Jornalismo, licenciada em Letras Inglês, Pedagogia e Letras vernáculas. Especialista em educação, gênero e sexualidade, primeiro trabalho acadêmico sobre as cotas trans realizado no mestrado e doutoranda em Educação (UERJ) com bolsa CAPES, além de pai, avó. Reconhecida como a primeira trans a ancorar no jornalismo brasileiro pela TVBrasil247.

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    Lojas Temporariamente Fechadas: Funcionários Ausentes em Meio ao Caos Político e Desafios Jurídicos

    Recentemente, a administração Trump tem sido alvo de críticas devido ao uso do Alien Enemies Act

    Loja Dolar Bill de Lawrenceville, Pitt.

    Em um dia tumultuado para a política americana, com Donald Trump fazendo declarações polêmicas e alegando que os perdões de Joe Biden aos membros da comissão de 6 de janeiro são inválidos, um simples aviso na porta da loja Dollar Bill chamou a atenção de clientes e transeuntes. O cartaz dizia: “Estamos sem funcionários hoje”, mas a ausência de trabalhadores no local gerou uma sensação de desconforto entre os frequentadores. No entanto, o contexto político do momento, carregado de tensão, deu um tom ainda mais interessante à situação.

    Recentemente, a administração Trump tem sido alvo de críticas devido ao uso do Alien Enemies Act, uma lei de guerra que o presidente invocou para deportar centenas de supostos membros de gangues venezuelanas para a América Central. Trump afirma que essa lei lhe dá o poder de deportar qualquer não-cidadão que ele alegue estar associado a gangues, sem a necessidade de apresentar provas ou até mesmo identificar publicamente os indivíduos. A medida gerou um processo judicial, no qual os autores alegaram que diversos venezuelanos detidos nos Estados Unidos temiam ser acusados injustamente de serem membros do Tren de Aragua, uma gangue venezuelana, e serem removidos do país de forma indevida.

    A situação se complicou ainda mais quando dois aviões carregando deportados partiram da instalação de detenção no Texas, e um terceiro voo foi programado para decolar após uma audiência judicial. O juiz Boasberg, que supervisiona o caso, ordenou que os aviões que transportavam os deportados voltassem imediatamente aos Estados Unidos, mas a administração Trump, aparentemente, ignorou essa ordem. Como consequência, mais de 200 deportados chegaram a El Salvador, onde o presidente Nayib Bukele, em um tweet, zombou da situação dizendo: “Oopsie…too late.”

    O desenrolar dessa situação política e jurídica tem gerado repercussões internacionais, com o governo venezuelano denunciando as deportações como sequestros e prometendo recorrer a organizações internacionais para processar o governo dos EUA por crimes contra a humanidade. Enquanto isso, o caso continua a levantar questões sobre os limites constitucionais do poder presidencial e o uso de leis de guerra para tratar questões de imigração.

    Enquanto o cenário político nos EUA se desenrola, com novas atualizações diárias e confrontos sobre a validade das políticas de Trump, a ausência de funcionários na loja Dollar Bill parece refletir um momento de incertezas e desconforto. Os impactos das decisões políticas não se restringem aos corredores do poder, mas reverberam nas vidas cotidianas, como o simples ato de fechar as portas de uma loja local.

    Com a administração Trump em uma batalha legal sobre a utilização do Alien Enemies Act e sua postura em relação às deportações, o clima de tensão parece não dar sinais de diminuição.

    O Alien Enemies Act é uma lei dos Estados Unidos que foi originalmente adotada durante a Primeira Guerra Mundial, em 1917, como parte da Lei de Espionagem. Ela concede ao presidente dos EUA autoridade para ordenar a remoção, prisão e deportação de “inimigos estrangeiros” durante tempos de guerra ou quando o presidente declara uma “ameaça à segurança nacional”.

    Enqaunto isso, na fila do ovo, cujo preço segue a quase US$ 6 (seis dólares a dúzia), uma fila de pessoas que diferente do silencio trivial, falavam sobre o quanto as coisas parecem estar economicamente "estranhas". Para os clientes da Dollar Bill, a mensagem na porta foi apenas mais uma lembrança de como os acontecimentos políticos podem invadir até os espaços mais comuns da vida cotidiana.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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