Marina, uma face e várias máscaras
Marina passa por uma fase delicada em sua trajetória política, pois os candidatos adversários conseguiram desossar uma Marina frágil, incapaz de lidar com dificuldades políticas de quem está no poder
A trajetória política da ex-senadora Marina Silva passa por grandes turbulências nessas eleições. Inicialmente seu partido, o "Rede Sustentabilidade", é impugnado, e como não bastasse à surpresa, aparece como candidata à vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), morto em desastre aéreo. Mesmo aliada enquanto o candidato estava vivo, essa aliança não surtiu efeitos, o mesmo não chegava a 10% dos pontos nas intenções de voto. Logo após a tragédia que ceifou a vida do Eduardo, vem à comoção do povo e Marina sai como candidata à presidência da República pelo (PSB), em disparada com números exorbitantes, ultrapassando o candidato Aécio PSDB, surgindo como uma novidade que iria quebrar como diz ela mesma, a "polarização entre PT e PSDB".
Os números de intenções de votos que iam sendo divulgados pelos os institutos de pesquisa assustavam o PT e o PSDB, que logo mobilizou sua tropa para desconstruir Marina. As técnicas utilizadas pelo marqueteiro do PT João Santana e sua equipe surtiram efeitos diretos, pois o alvo era suas constantes contradições em seu programa de governo e a "Nova Política" que ela tanto alardeava aos quatros cantos. Temas polêmicos em que contribui para sua ruína começou pelos tweets do pastor Silas Malafaia. Dizem analistas que foi daí que começou o "derretimento". A defesa da independência do Banco Central foi outro tiro no pé que ajudou a deteriorar-se ainda mais. Por se contradizer constantemente, levou o eleitor a perceber as diversas incoerências que se apresentavam, desta forma o reflexo se deu nas pesquisas, após uma queda vertiginosa nas intenções de voto e ser desbancada por Aécio Neves PSDB do segundo turno.
Marina passa por uma fase delicada em sua trajetória política, pois os candidatos adversários conseguiram desossar uma Marina frágil, incapaz de lidar com dificuldades políticas de quem está no poder. O choro, ao ser entrevistada por uma repórter do jornal Folha de S. Paulo, em que reclamava das críticas feitas pelo ex-presidente Lula, reforça a tese de uma debilidade que afetaria constantemente por não saber lidar com ataques que viriam da oposição ao seu governo. A ex-senadora precisa urgentemente descansar sua imagem e repensar seu futuro político, pois nessas eleições ficaram claras uma única face e várias máscaras.
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