Meteoro latino revolucionário
Poema em memória de Nathalia Urban, por César Fonseca
Nathalia Urban,
doce vulcão latino-americano,
voz alegre de Santos
a serviço da Palestina
e dos povos oprimidos.
Firme convicção,
sorriso largo e lindo,
instintiva reação de espírito,
leve e profundo,
pronto para a palavra certeira,
de luta e disposição inquebrantável.
Determinação firme,
pontos de vista ancorados
no conhecimento e na consciência
do sofrimento dos povos colonizados.
Experimentou a cultura
do colonizador inglês,
depois de mergulhar suas raízes
profundas na vivência da colônia Brazilis,
para melhor conhecer seu adversário.
No dia a dia, sua visão
cínica de um mundo invertido,
marcado pela naturalidade
da injustiça social,
vivida como ferro em brasa
em suas carnes resistentes de imigrante.
Na labuta de correspondente internacional,
encarando a tarefa de denunciar,
o sentimento baixo e mesquinho
de um eurocentrismo,
extraído do seio do Reino Unido.
Império decadente,
cuja missão histórica
é menosprezar o outro
como seu próprio inferno,
pronto para matá-lo impiedosamente
e explorar suas vísceras.
Mas ela não descansou
um só instante
em seus curtos 36 anos
de intensa vida,
diante dos seus subjetivos algozes,
carrascos do povo.
Com as veias abertas,
a irrigar Edimburgo
e o mundo com fervor latino,
fonte inesgotável de sua convicção.
Aprendizado constante,
potente,
de uma eterna paixão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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