Mídia corporativa retoma fake news e discurso de ódio contra Lula por um só motivo: está dando certo
"Acabou a trégua da imprensa neoliberal em relação ao governo Lula", escreve o jornalista Leonardo Attuch
Durou pouco a trégua entre a imprensa corporativa brasileira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As fake news e o discurso de ódio que marcaram eventos como junho de 2013, a campanha contra a Copa de 2014, a Lava Jato, o golpe de estado de 2016, os processos de Curitiba e a prisão de Lula em 2018 voltaram com força total no episódio Marcio Pochmann, futuro presidente do IBGE, uma nomeação de segundo escalão, que, em situações normais, não deveria provocar tanta celeuma.
O caso Pochmann, no entanto, é emblemático por várias razões. Até antes de junho de 2013, a então presidente Dilma Rousseff era aprovada por 70% dos brasileiros por uma razão óbvia: o Brasil seguia firme nos trilhos do desenvolvimento. A consequência natural seria sua reeleição, em condições bem mais confortáveis do que efetivamente ocorreu, no ano seguinte, e a volta de Lula, em 2018, consolidando um ciclo de vinte anos de poder do Partido dos Trabalhadores. Afinal, como dizia uma revista semanal, "nunca fomos tão felizes".
A guerra contra o Brasil, que teve todos os episódios já mencionados, jamais teria ocorrido sem a participação direta da imprensa corporativa e do seu coquetel destrutivo formado por fake news e discurso de ódio, fenômenos que quase sempre nascem na imprensa comercial e só depois se propagam pelas redes sociais, que levam a culpa e a má reputação.
Marcio Pochmann foi vítima desses dois fenômenos: fake news e discurso de ódio. Qual é a base factual para que digam que lá na frente ele irá falsificar estatísticas? Nenhuma. Obviamente o que existe são jornalistas desonestos falsificando informações e enganando o público. E quando o submetem a este corredor polonês midiático, trata-se do mais puro e acabado linchamento movido a discurso de ódio.
Se este é o fenômeno, a questão agora é o porquê? Qualquer analista econômico sério já percebeu que o Brasil, sob a administração Lula, se tornou a "bola da vez". Todos indicadores econômicos, sem exceção, melhoraram. O PIB foi revisto para cima, a inflação desabou, o superávit comercial é recorde, a atração de investimentos é crescente e falta apenas resolver a questão da taxa de juros para consolidar um novo ciclo de prosperidade no Brasil.
O Brasil, claramente, voltou aos trilhos, mas a bonança que já se anuncia, e será retratada por um IBGE fortalecido, assusta a oposição neoliberal e seu principal aparelho de dominação ideológica, que é a imprensa corporativa. Por isso mesmo, o modo golpista foi reativado nas redações decadentes. A sorte é que hoje o Brasil conta com uma imprensa independente mais sólida do que no passado e com uma maior consciência coletiva sobre o estrago promovido pelas forças do atraso. Avante, Pochmann, avante, Lula, avante, Brasil.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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