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    Romerito Aquino

    Jornalista

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    Na Amazônia, governador faz promessa de investimentos baseado em mentiras de Bolsonaro

    Já na metade do mandato, sem fazer nada para gerar emprego e renda para os acreanos, principalmente em favor dos milhares de jovens desempregados das periferias das cidades do Acre, que estão servindo apenas de mão-de-obra barata para engrossar os exércitos das facções criminosas envolvidas com o tráfico da cocaína vinda do Peru e da Bolívia, o bolsonarista Gladson Cameli (PP) já está sendo apelidado nos bastidores da política acreana de “Governador Zé Promessa”, de tantas promessas que já fez e ainda continua fazendo para tentar enganar os acreanos, principalmente em tempo de eleições.

    Sem dar ajuda alguma a dezenas de milhares de índios, seringueiros e ribeirinhos do Acre à própria sorte ou azar, quando se trata da grave pandemia da Covid-19, e sem oferecer sequer ramais para outras dezenas de milhares de pequenos trabalhadores rurais do estado, também abandonados pelo poder público, tirarem suas produções de alimentos da colônia para gerarem renda própria e darem de comer aos habitantes das cidades de todo o estado, Gladson Cameli partiu para ampliar ainda mais a grandeza de suas promessas não-cumpridas. 

    Agora, propaga periodicamente na mídia local e por onde anda que o presidente enrolado e desacreditato Jair Bolsonaro vai lhe ajudar a investir no estado R$ 2 bilhões a partir de 2021. Foi o que fez esta semana em encontro com empresários da construção civil de Rio Branco, evento que lhe garantiu mais manchetes favoráveis na mídia local paga pelo governo. 

    Com fontes de recursos nada confiáveis, que dependem em grande parte da arrecadação futura de recursos federais para virarem realidade, num país em que a economia ainda vai agonizar por algum tempo pelo retorno com força da Covid-19, ampliando consideravelmente as internações e óbitos por quase todo o país, inclusive no seu estado, Gladson Cameli aposta na promessa pomposa de recursos feita no dia 6 de outubro passado, no Palácio do Planalto, pelo presidente mentiroso e miliciano.

    Um presidente, aliás, que não tem mais dinheiro nem para continuar pagando, a partir de janeiro próximo, o auxilio emergencial para mais de 40 milhões de brasileiros pobres e sem renda fixa - a não ser que crie novos impostos, o que dificilmente a maioria dos deputados e senadores aprovaria temendo serem fuzilados politicamente pela elite empresarial e a classe média do país. 

    O que talvez o governador bolsonarista do Acre tenha esquecido é algo que o povo acreano também continua acreditando: no ditado popular que diz que a mentira tem perna curta. E, por isso, já percebeu que seu comandante promesseiro pode estar sendo vítima da grave doença mental da mitomania, aquela em que o mentiroso não faz só mal aos outros, como a também a si próprio. 

    Está aí a pífia campanha e a provável derrocada de sua candidata à reeleição no segundo turno eleitoral na capital Rio Branco, no próximo dia 29, a prefeita Socorro Neri (PSB), que preferiu trair o seu partido (o PT) acreditando que o governador “Zé Promessa” ainda tem as mesmas balas na agulha de 2018 para conseguir transferir votos para alguém. O povo acreano pode ainda não ser muito estudado, mas burro ou otário ele jamais foi ao longo de toda a sua brava história.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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