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    Alex Solnik

    Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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    Não existe 6X1 no Brasil. E jornada 4X3 não dá 36 horas

    "Não sei se o erro está na matemática ou se a nova lei preconiza nove horas de trabalho por dia", escreve o jornalista

    Brasília (DF), 15/11/2024 - Ato em defesa do fim da jornada 6x1, na Rodoviária do Plano Piloto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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    A “Lei Erika Hilton” está batendo bumbo contra a jornada 6X1 e a favor da 4X3.

    O trabalhador brasileiro não pode, atualmente, por lei, trabalhar mais de 44 horas semanais, nem mais de oito horas por dia.

    Ou seja: ele trabalha no máximo oito horas por dia durante cinco dias (8X5=40) e quatro horas no sexto dia (40+4=44).

    Não existe, portanto, a jornada 6X1, que resultaria em 48 horas semanais.

    O país que adota a jornada 6X1 ou 48 horas semanais é a Argentina.

    O Brasil adota o 5,5X1,5, para sermos exatos.

    Esta é a jornada máxima. Nenhuma empresa, estatal ou privada, está proibida de adotar 5X2 ou 4X3 ou 3X4, só não pode ultrapassar o 5,5X1,5.

    A nova lei quer proibir o que não existe.

    O texto da nova lei defende a jornada 4X3 ou 36 horas semanais. A conta não fecha. Quatro dias vezes oito horas por dia, dá 32. Quatro horas menos que 36.

    Para dar 36, teriam de ser quatro dias vezes nove horas por dia.

    Não sei se o erro está na matemática ou se a nova lei preconiza nove horas de trabalho por dia.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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