“Não tenho a intenção de atacar os meus vizinhos”
"Seis anos depois de fazer essas declarações, o 'fuhrer' alemão Adolf Hitler invadiu seus vizinhos"
“Não há na Europa nenhum litígio que justifique a guerra. Tudo pode resolver-se entre governos que possuírem o sentimento de sua honra e das suas responsabilidades. Há uma Polônia animada de um espírito patriótico admirável e há, ao lado, uma Alemanha não menos apegada às suas tradições. Entre ambas há divergências, há pontos de atrito resultantes de um mau tratado, mas nada há que valha derramar o precioso sangue. Sou insultado continuamente com a afirmação de que desejo a guerra. Seria eu acaso louco? A guerra? Um conflito nada resolveria. Somente contribuiria para deixar pior o estado do mundo. Como poderia eu desejar a guerra quando as consequências da última ainda pesam sobre nós? Tenho diante de mim um longo trabalho interno. Depois de restituir ao povo a noção de sua honra, quero dar-lhe de novo a alegria de viver e é evidente que não vou comprometer o meu trabalho com uma nova guerra. Não tenho a intenção de atacar os meus vizinhos.”
Seis anos depois de fazer essas declarações ao jornalista francês Ferdinand de Brinon, publicadas no “Le Matin”, de Paris, a 16/11/1933, e em “A Gazeta”, de São Paulo, de 22/11/1933, e que pareciam ser uma promessa de paz de um estadista responsável, o “fuhrer” alemão Adolf Hitler invadiu seus vizinhos Polônia (1/9/1939) e França, Bélgica e Holanda (10/5/1940).
E derramou o precioso sangue que prometeu represar.
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